JPMorgan eleva Auren (AURE3) para neutro, saiba motivo
O banco prevê preços de energia mais elevados no segundo semestre de 2025.
🚨 O UBS BB revisou suas projeções para a Auren Energia (AURE3) e elevou o preço-alvo das ações de R$ 9 para R$ 12, mas manteve a recomendação neutra.
Para o banco, a companhia segue em fase de consolidação após a fusão com a AES Brasil, mostrando evolução operacional, mas ainda com desafios relacionados à sua alavancagem financeira.
De acordo com relatório assinado por Giuliano Ajeje e equipe, a Auren tem hoje uma relação dívida líquida/Ebitda de 4,8 vezes.
Apesar de alta, a alavancagem já foi maior: após a aquisição da AES, em outubro de 2024, o indicador chegou a 5,7 vezes, ante apenas 1,6 vez no terceiro trimestre de 2024, quando a empresa ainda era considerada de baixa alavancagem.
Desde então, a companhia conseguiu reduzir 0,9 vez, impulsionada por sólida geração de caixa, expansão de lucros e gestão ativa de passivos.
Segundo o UBS BB, a expectativa é que esse movimento de desalavancagem siga de forma orgânica nos próximos trimestres, tanto pela melhora operacional quanto pelo aumento gradual do Ebitda.
Um dos pontos positivos destacados pelo UBS BB é a melhora da eficiência nos ativos adquiridos na fusão com a AES Brasil. A disponibilidade das usinas, por exemplo, chegou a 92% no segundo trimestre de 2025, representando um ganho de 5,7 pontos percentuais em um ano.
Além disso, a companhia já reportou R$ 154 milhões em sinergias somando o quarto trimestre de 2024 e os dois primeiros trimestres de 2025.
O valor já supera a projeção inicial de R$ 120 milhões anunciada ao mercado e caminha para se alinhar ao objetivo de R$ 250 milhões em sinergias anuais.
➡️ Leia mais: Banco do Brasil (BBAS3): Dividendos magros derrubam atratividade, diz Safra
Na avaliação do UBS BB, a tese de investimento em Auren continua centrada em três frentes:
Ainda assim, o banco prefere manter cautela diante do atual nível de endividamento, que, embora em trajetória de queda, ainda é considerado elevado.
Com o preço-alvo em R$ 12, o potencial de valorização em relação às cotações atuais é relevante.
📊 Porém, os analistas reforçam que a recuperação da ação depende diretamente da capacidade da empresa de acelerar a desalavancagem e consolidar os ganhos de eficiência no médio prazo.
O banco prevê preços de energia mais elevados no segundo semestre de 2025.
O consenso entre os analistas é claro: a Auren ainda não retomará o protagonismo entre as boas pagadoras de dividendos tão cedo.