O presidente dos Estados Unidos Donald Trump divulgou, nesta quarta-feira (26), um vídeo gerado por inteligência artificial que transforma a faixa de Gaza em um resort. A publicação acontece no contexto da proposta de Trump de transformar a região em uma área de turismo no Oriente Médio.
📹 Nas imagens é possível ver a região, hoje devastada por causa da guerra, transformada em uma zona de luxo, com vários arranhas-céus e um hotel apelidado de “Trump Gaza”. O vídeo foi intitulado de “Gaza 2025” e tem seu início marcado por uma criança andando entre os escombros da zona de guerra.
Figuras públicas como o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o empresário Elon Musk e o próprio Trump aparecem entre as imagens. Também é possível ver mulheres dançando performances em referência às odaliscas.
A música que acompanha o vídeo também chamada a atenção pois há dizeres como “Trump vai te libertar”. “Chega de túneis, chega de medo. Trump Gaza finalmente está aqui!”.
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As reações ao vídeo foram automáticas, de diversos lados. A Autoridade Palestina, que controla a Faixa de Gaza, disse que as imagens são “um truque de palhaço e nada mais que isso”.
“Não haverá resorts ou riviera do Oriente Médio ou qualquer outra coisa”, disse Wassel Abu Yousuf. “O que Trump quer fazer deve ser feito em outro lugar, mas não nas costas do povo palestino. Esta é a terra de nossos ancestrais e pais, e muito sangue foi derramado para defendê-la“, completou.
🌏 Há poucos mais de duas semanas, Trump propôs assumir o controle da Faixa de Gaza. O presidente também disse que a a única maneira de reconstruir o lugar seria levando os palestinos para países da região, como Egito e Jordânia.
"Em vez de [os palestinos] terem que voltar e reconstruí-la, os EUA vão assumir a Faixa de Gaza, e vamos algo com ela. Vamos tomar conta", disse Trump. “Ter aquele pedaço de terra, desenvolvê-lo, criar milhares de empregos. Vai ser realmente magnifico”, pontuou ele.
Em decorrência da guerra entre Israel e Hamas, a palestina está devastada em meio a escombros que retomam mais de um ano de conflito. Ao todo, mais de 40 mil pessoas já foram mortas enquanto esperavam um acordo real de cessar-fogo.
"Nossa rejeição ao deslocamento dos palestinos é firme e não mudará. A Jordânia é para os jordanianos e a Palestina é para os palestinos", disse o chanceler da Jordânia, Ayman Safadi.
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