Mercado Livre (MELI34) lucra US$ 639 milhões no 4T24, batendo margem de 10,5%
Varejista ultrapassou 100 milhões de compradores únicos anuais em seu comércio eletrônico, enquanto Mercado Pago somou 61 milhões de usuários
🚨 A chegada do TikTok Shop ao Brasil, prevista para abril deste ano, está movimentando o setor de e-commerce e levantando dúvidas sobre como isso pode impactar gigantes do setor, como o Mercado Livre (MELI34).
A plataforma, que já demonstrou crescimento acelerado em diversos mercados internacionais, aposta em um modelo de vendas altamente impulsionado por influenciadores digitais e pequenos vendedores, o que pode redefinir a dinâmica do comércio eletrônico no país.
O modelo do TikTok Shop tem se destacado globalmente por integrar entretenimento e consumo, permitindo que usuários comprem produtos diretamente de vídeos curtos e transmissões ao vivo.
Essa abordagem se mostrou eficaz em mercados como Estados Unidos, Indonésia e Tailândia, onde a plataforma já movimenta bilhões de dólares anualmente.
Apenas nos EUA, por exemplo, o volume bruto de mercadorias (GMV) da plataforma atingiu US$ 9 bilhões até o final de 2024.
Inicialmente, a operação brasileira será conduzida sob a estrutura do México, o que sugere um período de transição para adaptação ao mercado local.
Além disso, o lançamento deve contar com um grupo seleto de vendedores, que atuarão como termômetro para a aceitação da plataforma no Brasil.
Com a chegada do TikTok Shop, investidores começam a avaliar os riscos e oportunidades para o Mercado Livre, líder do setor na América Latina.
Um dos principais pontos de atenção é a base de vendedores da companhia, composta majoritariamente por pequenas e médias empresas (PMEs), que podem ser atraídas pelo alcance e engajamento do TikTok.
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De acordo com projeções do Itaú BBA, o Mercado Livre espera um crescimento de cerca de 22% no GMV do Brasil para 2025, com um cenário considerado positivo girando em torno de 20% a 25%.
No entanto, uma desaceleração abaixo desse patamar pode acender um sinal de alerta para investidores, especialmente diante da concorrência do TikTok Shop, que vem se consolidando como uma plataforma eficaz para pequenas marcas ganharem visibilidade.
A experiência internacional do TikTok Shop indica que categorias como saúde, beleza e moda tendem a ser as mais beneficiadas com a plataforma.
Esses segmentos, que já fazem parte da estratégia de crescimento do Mercado Livre, podem ser disputados diretamente, caso o TikTok consiga atrair uma base sólida de consumidores brasileiros.
No México, onde o TikTok Shop já está em operação, o crescimento foi rápido, com influenciadores gerando milhares de dólares em vendas logo nos primeiros meses. Relatórios do Santander indicam que essa tendência pode se repetir no Brasil, com um efeito potencialmente disruptivo para o comércio eletrônico tradicional.
📊 A chegada do TikTok Shop ao Brasil não significa, necessariamente, uma perda direta para o Mercado Livre.
A competição pode estimular inovações e novas estratégias para atrair e reter consumidores.
O grande desafio será entender se o TikTok Shop adotará um modelo semelhante ao que implementou no Reino Unido, onde expandiu sua atuação para além do marketplace, incluindo serviços de logística e fulfillment.
Empresas que atuam no varejo digital precisam acompanhar de perto essa movimentação e, possivelmente, adaptar suas estratégias para não perder espaço em um mercado em constante transformação.
Se bem estruturado, o TikTok Shop pode ser mais uma peça na evolução do e-commerce brasileiro, criando novas oportunidades tanto para vendedores quanto para consumidores.
Varejista ultrapassou 100 milhões de compradores únicos anuais em seu comércio eletrônico, enquanto Mercado Pago somou 61 milhões de usuários
Em apenas seis meses de operação, a plataforma alcançou a marca de 39 milhões de usuários ativos.