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🚨 As taxas dos títulos públicos ofertados pelo Tesouro Direto apresentaram leve recuo na nesta quarta-feira (30), em meio à expectativa pelas decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.
O movimento indica cautela do mercado diante da chamada "Super Quarta", que reúne definições simultâneas de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom) e pelo Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano.
Na primeira atualização do sistema do Tesouro, às 9h37 (horário de Brasília), a maioria dos papéis registrava queda nas rentabilidades oferecidas, especialmente nos títulos atrelados à inflação (Tesouro IPCA+) e nos prefixados.
Entre os papéis atrelados à inflação, os títulos com vencimento em 2029 e 2040 ofereciam retornos reais de 7,81% e 7,13% ao ano, respectivamente.
Embora a taxa do IPCA+ 2029 tenha se mantido estável, o papel com vencimento em 2040 registrou leve queda em relação aos 7,14% registrados na terça-feira (29).
Já o Tesouro IPCA+ com vencimento em 2050 oferecia remuneração de inflação +6,93% ao ano, abaixo dos 6,98% observados na véspera.
A redução reflete a diminuição da percepção de risco de longo prazo em meio à expectativa por manutenção da Selic.
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Os títulos prefixados, que pagam uma taxa fixa ao investidor até o vencimento, também apresentaram variações negativas.
O Tesouro Prefixado 2028 oferecia rendimento de 13,45% ao ano, levemente acima dos 13,43% da última sessão, mas ainda abaixo do patamar psicológico de 14%;
Já os papéis com pagamento de juros semestrais e vencimentos em 2032 e 2035 passaram a pagar 13,80% e 13,92% ao ano, respectivamente. Ambos caíram frente às taxas de 13,82% e 13,96% praticadas na terça.
A oscilação discreta indica uma postura de espera por parte dos investidores, que evitam assumir grandes posições antes da divulgação da taxa básica de juros.
A principal expectativa do dia recai sobre o anúncio do Copom, previsto para o fim da tarde. Segundo projeções de analistas e economistas de mercado, o comitê deve manter a Selic em 15% ao ano, diante do atual cenário macroeconômico, marcado por inflação sob controle, mas incertezas no ambiente internacional.
A Selic é o principal instrumento da política monetária brasileira e influencia diretamente a rentabilidade dos títulos públicos, especialmente os prefixados e atrelados à taxa básica de juros.
A expectativa é de que o Banco Central mantenha a taxa inalterada até que haja sinais mais claros sobre a direção da política monetária norte-americana e seus efeitos sobre os mercados emergentes.
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Do outro lado do continente, a atenção também está voltada para o Federal Reserve, que divulga sua decisão sobre os juros nos Estados Unidos ainda nesta quarta-feira (30).
As estimativas monitoradas pela ferramenta FedWatch, do CME Group, indicam que 97% das apostas do mercado projetam a manutenção da taxa entre 4,25% e 4,50% ao ano — o nível mais alto desde a crise financeira de 2007.
Essa expectativa de estabilidade nos juros americanos tem contribuído para manter a atratividade dos ativos de renda fixa no Brasil, especialmente os títulos de longo prazo.
No entanto, qualquer sinalização mais agressiva por parte do Fed pode reverter esse movimento.
Nesta manhã, os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA, conhecidos como Treasuries, também operavam em leve baixa:
A queda nos rendimentos dos Treasuries tende a reduzir a pressão sobre os ativos de países emergentes, como o Brasil, já que diminui a atratividade relativa dos títulos norte-americanos e favorece o fluxo de capital para economias que oferecem prêmios mais elevados.
Com os desdobramentos da Super Quarta, o mercado de títulos públicos pode seguir com alta volatilidade nos próximos dias.
📈 Investidores que buscam travar taxas mais altas de longo prazo podem encontrar oportunidades, especialmente caso o Copom reforce o discurso de estabilidade monetária e o Fed sinalize pausa no ciclo de aperto.
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Embora ainda haja dúvidas se os juros podem permanecer em 14,75% ao ano, o Investidor10 apresenta as projeções para a renda fixa