Tesouro Direto tem número recorde de investimentos em junho

O programa, que permite o investimento em títulos do governo brasileiro, registrou 760.086 operações no mês.

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Publicado em 29/07/2024 às 14:53h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 29/07/2024 às 14:53h Atualizado 3 meses atrás por Marina Barbosa
Tesouro Direto é um programa voltado à negociação de títulos públicos federais (Shutterstock)

O Tesouro Direto registrou um número recorde de aplicações em junho deste ano. O programa permite que pessoas físicas invistam em títulos do governo brasileiro e registrou, ao todo, 760.086 operações no mês.

💰 De acordo com o Tesouro Nacional, essas aplicações renderam um investimento total de R$ 5,68 bilhões. Já os resgates somaram R$ 3,27 bilhões no mês. Por isso, o Tesouro Direto registrou uma emissão líquida R$ 2,41 bilhões em junho, outro recorde.

O mês ainda trouxe 44.213 novos investidores para a base do Tesouro Direto. Ao todo, o programa conta com 28.962.851 pessoas cadastradas, sendo que 2.663.214 são investidores ativos, ou seja, têm alguma quantia investida em títulos públicos federais brasileiros.

Leia também: Analistas elevam projeção para IPCA em 2024 de 4,05% para 4,10%

Os títulos preferidos do brasileiro

Investimentos de até R$ 1 mil, em títulos atrelados à inflação com prazo de vencimento de até 5 anos. Este foi o investimento mais realizado pelos brasileiros no Tesouro Direto em junho, quando o programa obteve um número recorde de aplicações.

📈 Os títulos atrelados à inflação vêm chamando a atenção dos investidores em meio à alta das expectativas para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Nesta semana, por exemplo, o mercado elevou a projeção para o IPCA de 4,05% para 4,10%. Para 2026, a previsão também aumentou, de 3,90% para 3,96%, segundo o Boletim Focus.

Ainda assim, os títulos indexados à taxa Selic seguem atraindo muitas aplicações, dada a perspectiva de manutenção da taxa básica de juros nos atuais 10,50% pelo menos até o fim do ano.

Veja os títulos do Tesouro Direto mais buscados em junho:

  • Indexados à inflação (Tesouro IPCA+, Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais, Tesouro RendA+ e Tesouro Educa+): R$ 3,06 bilhões, 53,8%;
  • Tesouro Selic: R$ 2,05 bilhões, 36,1%;
  • Títulos prefixados (Tesouro Prefixado e Tesouro Prefixado com Juros Semestrais): R$ 575,2 milhões, 10,1%.

Dados do Tesouro Nacional mostram ainda que 54,2% das 760.086 operações registradas no mês foram de até R$ 1 mil.

Veja os valores investidos pelos brasileiros:

  • Até R$ 1 mil: 54,2%;
  • De R$ 1 mil a R$ 2 mil: 11,9%;
  • De R$ 2 mil a R$ 3 mil: 5,9%;
  • De R$ 3 mil a R$ 4 mil: 3,3%;
  • De R$ 4 mil a R$ 5 mil: 4,0%;
  • De R$ 5 mil a R$ 10 mil: 7,9%;
  • De R$ 10 mil a R$ 50 mil: 10,0%;
  • De R$ 50 mil a R$ 100 mil: 1,6%;
  • De R$ 100 mil a R$ 500 mil: 1,1%;
  • De R$ 500 mil a R$ 1 milhão: 0,5%.

Quanto ao prazo, a preferência é dos títulos mais curtos, com até 5 anos de vencimento. Confira:

  • De 1 a 5 anos: 60,3%;
  • De 5 a 10 anos: 12,3%;
  • Mais de 10 anos: 27,3%.

Com os investimentos de junho, o Tesouro Direto alcançou um estoque de R$ 143,2 bilhões, 2,5% maior do que o do mês anterior.