‘Taxa das blusinhas’ reduziu vendas da Shein em 43% no Brasil

Movimento de baixa foi registrado na comparação entre julho e agosto deste ano

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Publicado em 18/12/2024 às 17:28h - Atualizado 1 minuto atrás Publicado em 18/12/2024 às 17:28h Atualizado 1 minuto atrás por Wesley Santana
Shein é uma empresa com sede em Singapura, na Ásia (Imagem: Shutterstock)

Desde o último mês de agosto, os sites internacionais de compras online gozavam de uma certa vantagem em relação aos brasileiros. No entanto, o governo do presidente Lula impôs um imposto de importação sobre produtos adquiridos nesta plataforma, o que ficou popularmente conhecida como “taxa das blusinhas”.

👚 Agora, um levantamento feito pela fintech Klavi mostra os impactos disso para as vendas de empresas como a Shein. Segundo a pesquisa, apenas em agosto, houve uma redução de 43% nas vendas da companhia de Singapura em relação a julho.

O recuo na quantidade de pedidos vem da cobrança de 20% de Imposto de Importação em envios de até US$ 50. Além disso, os consumidores também têm de arcar com ICMS de 17%, tributos que somam desestimularam as compras nas plataformas estrangeiras.

Os pacotes internacionais ficam ainda mais caros quando os usuários compram acima de US$ 50, com a alíquota de importação subindo para 60%. Além disso, a partir de abril de 2025, o ICMS vai ser de 20%, conforme decidiram os governadores na última semana.

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A diminuição no consumo deste tipo de produto já era esperado pelas companhias, que tem a maior parte do seu público formado por pessoas das classes C, D e E.

“Ainda é cedo para dizer se o imposto vai continuar tendo impacto na Shein ou este impacto vai se estabilizar”, diz Bruno Chan, CEO da Klavi. “A maior queda aconteceu em agosto, mas setembro também teve queda. Acreditamos que, ao longo do tempo, isto vai se estabilizar. Também acreditamos que a Shein pode se adaptar e contornar os impostos, como por exemplo, trazendo a produção para território nacional”, avalia.