Taurus (TASA4) recua de plano na Arábia Saudita após falta de acordo com governo
A iniciativa visava à fabricação local de equipamentos da marca e sua comercialização nos países do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC).
🚨 A fabricante brasileira de armamentos Taurus (TASA4) anunciou, nesta sexta-feira (9), uma mudança importante em sua estratégia de produção internacional.
A companhia confirmou que irá transferir parte da montagem de suas armas da família G para os Estados Unidos a partir de setembro, em resposta direta ao tarifaço de 50% imposto pelo governo norte-americano sobre produtos de origem brasileira.
A medida visa preservar a competitividade dos produtos da marca no mercado norte-americano, que representa um dos principais destinos das exportações da Taurus.
Atualmente, a Taurus produz cerca de 2.100 armas por dia no Brasil, sendo que aproximadamente 900 unidades diárias são destinadas aos EUA — justamente a quantidade que passará a ser montada em solo americano nos próximos meses.
A linha G é uma das mais populares e rentáveis da companhia, e representa um pilar estratégico nas exportações para o mercado internacional.
A decisão de transferir parte da produção não afeta a fabricação completa no Brasil, mas sim a etapa final de montagem, que passará a ser feita na unidade da empresa nos Estados Unidos.
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Segundo comunicado assinado pelo presidente global da Taurus, Salesio Nuhs, a empresa já vinha adotando medidas preventivas desde que as discussões sobre as tarifas começaram a ganhar força no cenário político norte-americano.
“A Taurus também antecipou as exportações de algumas peças e partes, para os Estados Unidos, em especial carregadores das armas, visando se antecipar à taxação de 50%”, afirmou a companhia.
Além disso, a empresa reforçou seus estoques nos Estados Unidos desde abril, com cerca de 90 dias de produtos acabados prontos para comercialização, buscando mitigar eventuais gargalos logísticos até a implementação total da nova logística.
A taxação de 50% anunciada pelo governo dos Estados Unidos integra um pacote mais amplo de medidas econômicas e geopolíticas com impacto direto sobre o comércio exterior do Brasil.
No caso da Taurus, que possui presença forte no mercado americano, a tarifa representa um risco significativo à margem de lucro e à competitividade.
Com a mudança, a Taurus evita o pagamento das tarifas ao realizar a montagem final em território americano, prática comum entre empresas globais que operam sob ambientes tributários mais restritivos.
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A Taurus deve continuar monitorando o cenário comercial entre Brasil e Estados Unidos, e já deixou claro que outras medidas podem ser adotadas para proteger seus resultados.
A empresa também reforçou que segue comprometida com a produção no Brasil e que a transferência de montagem não representa uma saída da base industrial nacional.
📊 Enquanto isso, o investidor acompanha com atenção os reflexos dessa decisão nas ações da companhia, que historicamente são sensíveis a movimentos do mercado externo, especialmente dos Estados Unidos, seu principal mercado internacional.
A iniciativa visava à fabricação local de equipamentos da marca e sua comercialização nos países do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC).
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