🚨 O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), impôs sigilo total ao pedido da defesa de Daniel Vorcaro, controlador do Banco Master, investigado por um esquema de fraude financeira de R$ 12 bilhões.
A decisão, revelada pela colunista Malu Gaspar, do O Globo, torna o processo ainda mais reservado. Antes sob segredo de Justiça, agora nem mesmo a movimentação do caso pode ser consultada publicamente.
A defesa de Vorcaro acionou o Supremo alegando que a Justiça Federal, responsável por ordenar a prisão do banqueiro e conduzir a operação Compliance Zero, não seria o foro competente para julgar o caso.
Se o STF acolher esse argumento, todas as decisões tomadas até aqui poderão ser anuladas, incluindo prisões e medidas cautelares, o que mudaria o rumo da investigação.
Relembre o caso
Daniel Vorcaro foi preso em novembro durante uma operação da Polícia Federal que apura supostas irregularidades financeiras envolvendo o Banco Master.
O executivo deixou o CDP 2 de Guarulhos no sábado (29), após decisão do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região), que também mandou soltar outros quatro executivos do banco.
Todos os investigados terão que usar tornozeleiras eletrônicas e cumprir medidas restritivas enquanto as apurações seguem.
Foram libertados junto com Vorcaro:
- Augusto Ferreira Lima, ex-CEO e sócio do Banco Master;
- Luiz Antônio Bull, diretor de Riscos e Compliance;
- Alberto Félix de Oliveira Neto, superintendente de Tesouraria;
- Ângelo Antônio Ribeiro da Silva, também sócio do banco.
O que está em jogo
A mudança no grau de sigilo e a disputa de competência judicial lançam novas dúvidas sobre o futuro da investigação. Caso o STF entenda que houve falha processual, a operação pode ser reconfigurada ou até esvaziada.
A operação Compliance Zero apontou um esquema bilionário envolvendo movimentações irregulares e possível lavagem de dinheiro.
💲 O Banco Master, que atua principalmente com crédito estruturado e mercado de capitais, agora enfrenta um dos maiores escândalos de sua história.