Localiza (RENT3) vira o jogo e lucra R$ 768 milhões no 2T25; confira
O resultado superou levemente a projeção média de analistas, que esperavam lucro de R$ 727 milhões, segundo dados da LSEG.
Com investimento de R$ 50 milhões, a startup mexicana OCN -acrônimo para One Car Now- anunciou chegada ao mercado brasileiro. O foco será a oferta de carros alugados para motoristas de aplicativos, como Uber e 99.
A empresa promete trazer o grande diferencial de que os motoristas possam fechar um contrato de aluguel por 36 meses e, ao final do período, se tornarem donos dos automóveis. Esse modelo é conhecido como “rent to own”, já ofertado pela Kovi no país.
Entre as empresas da bolsa, a empresa deve se tornar uma pedra no sapato da Localiza (RENT3), que também mantém um modelo de negócio focado em Uber. O Zarp é a versão da companhia para este grupo de consumidores.
A OCN tem planos de começar a operar no país nos próximos meses, com prazo máximo para o primeiro trimestre de 2026. A frota será composta exclusivamente por veículos da marca chinesa BYD, em três modelos diferentes: os elétricos Mini Dolphin e Dolphin, e o híbrido King.
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Neste momento, ainda não foram definidos os preços a serem praticados na capital paulista. Para os 18 primeiros meses, a empresa afirma ter o objetivo de alcançar até 3 mil automóveis em circulação apenas na cidade de São Paulo.
"Hoje, estamos próximos das margens de uma companhia de software, mas sendo uma fintech de empréstimos", disse Mairon Sandoval, fundador e CEO da OCN, em entrevista ao Pipeline. "A nossa premissa é eliminar barreiras financeiras no financiamento, oferecer um carro elétrico novo e permitir que o motorista faça dinheiro”.
Aos 22 anos, o empresário destaca que todo o processo de locação dos veículos será conduzido online, o que vai evitar os custos com unidades físicas que são registrados pelos concorrentes. Esse é o modelo usado no México, onde já são mais de 5 mil automóveis circulando pelas ruas de 12 estados.
Para tocar a operação, a empresa recebeu diversos investimentos recentes que somam mais de US$ 150 milhões. A gestora brasileira Caravela participou de algumas rodadas, totalizando aportes de US$ 5 milhões, conforme destacou Fred Guesser, sócio-fundador da Caravela, à reportagem.
O resultado superou levemente a projeção média de analistas, que esperavam lucro de R$ 727 milhões, segundo dados da LSEG.
Segundo a Localiza, a queda no preço dos veículos novos impacta diretamente o valor de revenda dos seminovos.