Startup mexicana anuncia desembarque no Brasil e promete dor de cabeça à Localiza (RENT3)

Com modelo “rent to own” e frota elétrica, OCN investe R$ 50 milhões e vai agitar a locação de carros para aplicativos.

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Publicado em 18/08/2025 às 17:42h - Atualizado 9 horas atrás Publicado em 18/08/2025 às 17:42h Atualizado 9 horas atrás por Wesley Santana
Táxi por aplicativo é oferecido por diversas empresas no Brasil (Imagem: Shutterstock)

Com investimento de R$ 50 milhões, a startup mexicana OCN -acrônimo para One Car Now- anunciou chegada ao mercado brasileiro. O foco será a oferta de carros alugados para motoristas de aplicativos, como Uber e 99.

A empresa promete trazer o grande diferencial de que os motoristas possam fechar um contrato de aluguel por 36 meses e, ao final do período, se tornarem donos dos automóveis. Esse modelo é conhecido como “rent to own”, já ofertado pela Kovi no país.

Entre as empresas da bolsa, a empresa deve se tornar uma pedra no sapato da Localiza (RENT3), que também mantém um modelo de negócio focado em Uber. O Zarp é a versão da companhia para este grupo de consumidores.

A OCN tem planos de começar a operar no país nos próximos meses, com prazo máximo para o primeiro trimestre de 2026. A frota será composta exclusivamente por veículos da marca chinesa BYD, em três modelos diferentes: os elétricos Mini Dolphin e Dolphin, e o híbrido King.

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Neste momento, ainda não foram definidos os preços a serem praticados na capital paulista. Para os 18 primeiros meses, a empresa afirma ter o objetivo de alcançar até 3 mil automóveis em circulação apenas na cidade de São Paulo.

"Hoje, estamos próximos das margens de uma companhia de software, mas sendo uma fintech de empréstimos", disse Mairon Sandoval, fundador e CEO da OCN, em entrevista ao Pipeline. "A nossa premissa é eliminar barreiras financeiras no financiamento, oferecer um carro elétrico novo e permitir que o motorista faça dinheiro”.

Aos 22 anos, o empresário destaca que todo o processo de locação dos veículos será conduzido online, o que vai evitar os custos com unidades físicas que são registrados pelos concorrentes. Esse é o modelo usado no México, onde já são mais de 5 mil automóveis circulando pelas ruas de 12 estados.

Para tocar a operação, a empresa recebeu diversos investimentos recentes que somam mais de US$ 150 milhões. A gestora brasileira Caravela participou de algumas rodadas, totalizando aportes de US$ 5 milhões, conforme destacou Fred Guesser, sócio-fundador da Caravela, à reportagem.