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O mundo passou por várias mudanças nos últimos anos, sobretudo depois da pandemia, quando muito do que era presencial virou digital. Essa foi a aposta dos aplicativos de delivery, por exemplo, que ampliaram suas operações para o chamado supermercado digital.
🛒 Na semana passada, porém, um dos principais nomes deste segmento anunciou o encerramento das operações no Brasil. É o aplicativo Justo, que deixa o país apenas três anos depois de desembarcar.
Chama a atenção que a decisão acontece apenas um mês depois da startup mexicana levantar um aporte de US$ 70 milhões com a General Atlantics. A expectativa é que esse valor seja investido em outros mercados, como o fundador, na América do Norte.
A empresa não deu muitos detalhes sobre o motivo da decisão, mas agradeceu aos consumidores por usarem o serviço enquanto este disponível por aqui. “Foi uma honra fazer parte do seu dia a dia, entregando praticidade e economia de tempo. Seguimos orgulhosos do impacto que criamos”, diz post publicado nas redes sociais.
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Segundo o comunicado, os clientes já não poderão mais fazer pedidos a partir do próximo dia 12. A data oficial para o encerramento das atividades no Brasil é 14 de dezembro.
“Essa decisão não foi fácil, pois estamos cientes do impacto positivo que tivemos no mercado e na experiência dos nossos clientes, oferecendo um serviço de supermercado online de altíssima qualidade, impulsionado pela inovação, tecnologia e frescor”, diz comunicado que circulou internamente.
Além da concorrência com seus pares, que já desfrutam de um amplo catálogo de clientes -caso do iFood- a Justo enfrentou um cenário de crescimento dos supermercados de vizinhança, como a rede Oxxo. Especialistas dizem que esse tipo de supermercado digital tem uma visibilidade mais complexa que outros setores do varejo.
"O modelo de operação puramente virtual e independente, ou seja, que não esteja integrado a uma plataforma maior com outros negócios e categorias, é muito difícil de ser escalado de forma sustentável. E não há um fator de desaquecimento da demanda. Pelo contrário", destaca o consultor Alberto Serrentino, sócio da Varese Retail, em entrevista à Folha de SP.
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