Na próxima semana, entre os dias 17 e 18 de junho, os diretores do Banco Central se reúnem mais uma vez para decidir o rumo da taxa básica de juros. O mercado não tem um consenso sobre qual vai ser o novo patamar da Selic.
📈 Atualmente, o indicador está na casa dos 14,75% ao ano, que já é o maior patamar desde 2015. A expectativa depois da última reunião era de que a Selic fosse mantida assim por mais algumas reuniões, mas o cenário vem mudando as projeções.
A decisão sobre o novo patamar da Selic deve começar a se fundamentar nos próximos dias, já com o novo resultado da inflação oficial. Segundo dados medidos pelo IBGE, o IPCA em maio foi de 0,26%, abaixo da expectativa, portanto, chega de forma positiva para o Copom (Comitê de Política Monetária).
Isso porque esse órgão tem a missão de fazer com que a inflação oficial convirja para a meta, que é de 3% ao ano. Há uma margem de 1,5% para mais ou menos.
"As duas palavras-chave são flexibilidade e cautela. Flexibilidade significa que nós vamos para a próxima reunião com as opções em aberto, consumindo os dados”, disse o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, recentemente.
Com o novo resultado, a inflação acumulada nos últimos 12 meses terminou em 5,3%. Embora esteja ainda sobre a meta, teoricamente, os preços teriam mais seis meses para se acomodarem.
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Há quem aposte, portanto, na manutenção dos juros no patamar atual, entendo que o atual resultado é suficiente para levar a inflação para dentro da meta. Já o presidente Lula acredita que o BC deve diminuir a taxa, e tem falado isso de forma recorrente nos eventos públicos que participa.
"O que nós estamos conscientes é que a inflação está controlada, caiu o preço dos alimentos e acho que logo, logo o Banco Central vai tomar a atitude correta de começar a baixar os juros. Uma coisa engraçada é que mesmo com os juros altos a economia continua crescendo", disse ele, durante coletiva de imprensa no Palácio do Planalto.
O resultado do Copom deve ser divulgado na noite da próxima quarta-feira (18), quando os diretores informam ao mercado a nova porcentagem. Na semana seguinte, eles também divulgam uma carta contendo todas as informações que os levaram a votar pelo novo resultado.
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