São Paulo cria fundo de investimentos para captar R$ 240 milhões e pagar dívidas

Clube quer trocar dívidas antigas e mais caras por vencimentos mais atrativos

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Publicado em 03/10/2024 às 19:41h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 03/10/2024 às 19:41h Atualizado 1 mês atrás por Wesley Santana
São Paulo é um dos maiores clubes do país (Imagem: Shutterstock)

💳 O Conselho Deliberativo do São Paulo aprovou, na noite de quarta-feira (2), a criação de um FDIC (Fundo de Direitos Creditórios) para estruturar as dívidas do clube. A votação contou com 185 votos favoráveis e 40 contrários.

Segundo o time paulista, o objetivo do fundo é captar R$ 240 milhões para substituir as dívidas que tem com bancos. A ideia é trocar os desembolsos antigos e mais caros por dívidas com vencimentos mais largos e mais baratos.

Além do FDIC, o clube trabalha para implementar uma nova política de governança, alinhada com as melhores práticas do mercado. A negociação envolve como garantias: direitos de transmissão, naming rights, licenciamentos, patrocínios, entre outras receitas, conforme destacou o GE.

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“O fundo é o instrumento que precisávamos para que o clube possa começar a sanar as dívidas atualmente existentes e que dificultam e atrapalham o fluxo de caixa, com juros altos e vencimento de curto prazo. A partir da sua implementação, conseguiremos reduzir o custo e preparar o clube para o seu centenário com uma gestão mais sustentável, o que possibilitará maior capacidade de competir com adversários com mais poder financeiro”, destacou Julio Casares, presidente do SPFC.

O projeto de FDIC foi montado pelas gestoras Galapagos e Outfield, esta última especializada em investimentos em esportes. Ao longo de 13 páginas, foram estabelecidas diversas regras para o funcionamento do fundo e das operações de crédito que vão surgir a partir dele.

Entre os principais pontos estão: limite de gastos e investimentos; teto para salários da administração; vedação de novas dívidas; e obrigatoriedade de apresentação de lucros. O vencimento do contrato está para dezembro de 2028.

A maior parte da dívida do São Paulo está relacionada aos bancos Bradesco e Daycoval R$ 64,3 milhões e R$ 55 milhões, respectivamente. A lista ainda inclui pendências com Tricury e BTG Pactual.