Santander (SANB11) lucra R$ 3,659 bilhões no 2T25, levemente abaixo do esperado

Resultado subiu 9,8% na comparação anual, mas recuou 5,2% frente ao trimestre anterior.

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Publicado em 30/07/2025 às 08:25h - Atualizado 1 dia atrás Publicado em 30/07/2025 às 08:25h Atualizado 1 dia atrás por Marina Barbosa
Santander divulgou balanço nesta 4ª feira (Imagem: Shutterstock)

O Santander (SANB11) registrou um lucro líquido gerencial de R$ 3,659 bilhões no segundo trimestre de 2025.

🏦 O resultado subiu 9,8% na comparação com o mesmo período de 2024. Contudo, recuou 5,2% em relação ao primeiro trimestre de 2025, "dado um ambiente macroeconômico mais desafiador".

O balanço foi apresentado nesta quarta-feira (30) e ficou levemente abaixo do esperado pelo mercado, que previa um lucro de aproximadamente R$ 3,73 bilhões para o Santander, segundo a Lseg.

Com isso, o ROE (retorno sobre o patrimônio) ficou em 16,4%, subindo frente os 15,5% do segundo trimestre do ano passado, mas recuando na comparação com os 17,4% do primeiro trimestre deste ano.

Já a margem financeira atingiu R$ 15,396 bilhões, subindo 4,4% no ano e recuando 3,3% no trimestre. O dado foi puxado pela margem com clientes, que cresceu devido a maiores volumes e a uma criteriosa política de gestão de preços. Já a margem com o mercado foi negativa, devido a alta dos juros.

A receita total seguiu a mesma tendência de alta anual (3,3%) e recuo trimestral (-2,2), somando R$ 20,6 bilhões. A cifra foi impulsionada, sobretudo, pelas receitas com cartões, conta corrente e seguros. Por outro lado, foi afetada negativamente pelas receitas de crédito.

Crédito

O Santander manteve uma estratégia de "disciplina na alocação de capital, priorizando a atuação em linhas de maior rentabilidade e boa qualidade de ativos". Além disso, a discussão sobre o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) provocou uma redução do portfólio de risco sacado.

💲 Dessa forma, o banco fechou o trimestre com uma carteira de crédito de R$ 539,5 bilhões. Ou seja, uma carteira que é apenas 0,2% maior que a do mesmo período de 2025 e 1,2% menor que a do trimestre anterior.

Já a carteira de crédito ampliada, que inclui operações estruturadas no mercado de capitais com risco de crédito, avais e fianças, atingiu R$ 675,5 bilhões. O volume caiu 1,0% no trimestre, mas subiu 1,5% na base anual, puxado por títulos privados, como notas promissórias e debêntures.

O Santander, por sua vez, conseguiu reduzir a taxa de inadimplência acima de 90 dias para 3,1%, devido a uma política mais rigorosa de renegociações.

Ainda assim, as despesas com provisões seguiram em alta, chegando a R$ 6,862 bilhões. O volume saltou 16,4% no ano e 7,4% no trimestre.

Segundo o Santander, as despesas de provisão foram "pressionadas pelo cenário macroeconômico, uma vez que com juros altos, tende-se a elevar o nível de endividamento das famílias, bem como aumentar os pedidos de recuperação judicial". A atualização de regras do BC (Banco Central) também pesou sobre a cifra na comparação anual.

Balanços dos bancos

🗓️ O Santander foi o primeiro banco brasileiro a apresentar os resultados do segundo trimestre de 2025.

O Bradesco (BBDC4) dá seguimento à temporada de balanços ainda nesta quarta-feira (30), após o fechamento do mercado. E, de acordo com analistas, pode superar o Banco do Brasil (BBAS3) neste trimestre.

O BB será o último a apresentar seus dados, no dia 14 de agosto. Já o Itaú (ITUB4) divulga seu balanço na próxima terça-feira (5).

Veja aqui o que o mercado espera dos resultados dos bancos no 2T25