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💰 Receber dividendos é uma das formas mais sólidas de fazer seu patrimônio trabalhar por você. Além de colocar dinheiro no bolso, bons proventos funcionam como amortecedores em tempos de volatilidade e alimentam o efeito bola-de-neve quando reinvestidos.
Mas dividendos não são brinde: são consequência de empresas lucrativas, bem administradas e financeiramente disciplinadas.
Pensando nisso, o Investidor10 criou um guia completo — pensado para quem está começando — para você entender o que olhar antes de comprar uma ação com foco em renda.
Dividendo é parte do lucro distribuído aos acionistas. Quando você recebe e reinveste, aumenta o número de ações (ou o capital alocado) sem precisar injetar dinheiro novo.
Com o tempo, mais ações geram mais dividendos, que compram mais ações… e assim por diante.
Essa “renda que compra mais renda” reduz a dependência de acertar o “timing” do mercado e muda o foco de preço para qualidade do negócio.
Antes de olhar porcentagem de yield em sites e aplicativos, pergunte: de onde vem o dinheiro que paga esse dividendo?
Prefira empresas com resultados previsíveis, pouco dependentes de eventos não recorrentes (venda de ativos, créditos tributários, etc.). Margens estáveis ao longo dos anos indicam que o lucro vem da operação, não de “fatores extraordinários”.
Dividendos são pagos em dinheiro. O Free Cash Flow é o caixa que sobra depois de manter a operação (capex de manutenção) e pagar as contas do dia a dia. Se o FCF é consistente e crescente, a empresa tem munição real para distribuir proventos sem descuidar do próprio negócio.
💡 Dica prática: além do payout sobre o lucro, confira quanto do FCF vira dividendo ao longo do ciclo. Se, em média, a empresa distribui uma fatia razoável (por exemplo, 40–70%) e ainda sobra caixa, há folga para manter (ou aumentar) os pagamentos mesmo em anos piores.
Payout é a parcela do lucro que vira provento (dividendo e/ou JCP). Ele não pode ser analisado isoladamente. Um payout altíssimo por muito tempo, com FCF fraco, costuma prenunciar corte.
Um payout baixíssimo, com caixa sobrando e poucas oportunidades de investimento rentáveis, pode indicar espaço para elevar os proventos.
O ideal é que o payout “converse” com a geração de caixa e com as necessidades de investimento do negócio.
A empresa consegue atravessar um ciclo ruim sem cortar o dividendo? Para responder, olhe duas métricas:
📊 Setores mais cíclicos (commodities, varejo, construção) tendem a ter dividendos mais voláteis. Setores regulados ou de receita contratada (energia, saneamento, concessões) costumam ser mais previsíveis, mas ficam sujeitos a regras e revisões tarifárias.
Dividendos altos hoje às custas de subinvestimento amanhã não duram. Procure empresas que, ao reinvestir, ganham mais do que custa o capital: é o famoso ROIC > WACC.
Quando isso acontece de forma consistente, a companhia pode equilibrar crescimento e remuneração ao acionista, sustentando (e até ampliando) proventos no tempo.💲 Empresas maduras costumam publicar uma política de distribuição (faixas de payout, gatilhos, periodicidade). Histórico de execução pesa mais que discurso. Diferencie proventos recorrentes (vêm do dia a dia do negócio) de extraordinários (vindos de eventos pontuais). Extraordinário é ótimo, mas não é renda para contar todo ano.
Uma peça complementar são as recompras de ações. Quando feitas a preços racionais e sem forçar a alavancagem, reduzem o número de ações em circulação e podem elevar o dividendo por ação no futuro. Ainda assim, recompra não substitui a necessidade de gerar caixa.
📆 Para ter direito ao provento, você deve estar posicionado até a data-com. No dia ex, o preço da ação ajusta para baixo, refletindo o valor que “saiu” como provento.
Entrar “na véspera” só para “pegar o dividendo” costuma não compensar, porque o ajuste de preço tende a neutralizar o ganho.
Historicamente, dividendos são isentos de IR na pessoa física residente. Juros sobre Capital Próprio (JCP) sofrem IR na fonte (15%), mas são dedutíveis para a empresa.
A combinação de ambos é comum na B3. Acompanhe eventuais mudanças legais ao longo do tempo.
📈 Pense na carteira como uma orquestra: instrumentos diferentes, cada um com sua função, tocando juntos para produzir renda estável.
✅ Se a maioria das respostas for “sim”, você provavelmente está diante de uma boa candidata para compor sua “orquestra de renda”.
Dividendos são efeito, não causa. Eles aparecem quando a empresa tem lucros recorrentes, caixa de verdade, dívida sob controle, retorno acima do custo de capital e governança que respeita você, acionista.
Foque nesses fundamentos, diversifique, reinvista com disciplina e dê tempo ao tempo. É assim que um conjunto de números no extrato começa a parecer cada vez mais com renda real, previsível e crescente.
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