S&P rebaixa rating da Azul (AZUL4) de ‘CC’ para ‘SD’ por 'calote'; entenda
Os analistas destacaram que a troca de dívida é considerada um evento equivalente a um calote.
🚨 A S&P Global Ratings revisou para cima a classificação de crédito da Azul (AZUL4), elevando a nota global da companhia aérea para “CCC+” ante a anterior “SD” (default seletivo).
A atualização, divulgada nesta sexta-feira (31), ocorre poucos dias após a agência ter rebaixado a avaliação da empresa, refletindo os impactos das recentes movimentações financeiras da Azul.
A decisão da S&P leva em consideração uma série de fatores, incluindo a troca de dívida, renegociação de passivos relacionados a arrendamentos e a emissão de notas superprioritárias.
Essas medidas fortaleceram a liquidez da empresa e reduziram parte do endividamento, embora a volatilidade econômica ainda represente um desafio para a geração de caixa da companhia.
A agência de classificação de risco destacou que a perspectiva para o rating da Azul é positiva, refletindo a expectativa de que a ampliação da capacidade operacional e o ambiente favorável para tarifas possam sustentar margens sólidas de Ebitda.
Com isso, espera-se que a alavancagem da companhia caia para um patamar inferior a cinco vezes, enquanto a relação entre o fluxo de caixa das operações (FFO) e a dívida deve atingir ou superar 10% até o final do ano.
No cenário doméstico, a S&P também melhorou a classificação da Azul em escala nacional, que passou de “SD” para “brBB+”.
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O movimento sinaliza uma visão mais otimista sobre a capacidade da companhia de administrar sua estrutura de capital e melhorar sua saúde financeira ao longo dos próximos meses.
A reestruturação da Azul ocorre em um momento de recuperação para o setor aéreo, que tem enfrentado desafios como o aumento dos custos operacionais e a volatilidade no câmbio.
A melhora na classificação de crédito pode facilitar o acesso da companhia a novas fontes de financiamento e fortalecer sua posição competitiva no mercado brasileiro.
📊 No entanto, analistas alertam que a sustentabilidade financeira da Azul ainda depende de variáveis externas, incluindo o comportamento da demanda por passagens aéreas e as condições macroeconômicas.
Os analistas destacaram que a troca de dívida é considerada um evento equivalente a um calote.
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