Real mais forte em 2025? XP corta previsão do câmbio de R$ 5,80 para R$ 5,50

De acordo com o relatório liderado pelo economista-chefe Caio Megale, a nova expectativa é de que o dólar encerre 2025 cotado a R$ 5,50.

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Publicado em 03/07/2025 às 16:59h - Atualizado 14 horas atrás Publicado em 03/07/2025 às 16:59h Atualizado 14 horas atrás por Matheus Silva
A análise sugere que a tendência de um dólar mais fraco internacionalmente deve continuar (Imagem: Shutterstock)

💰 A XP Investimentos (XPBR31) revisou nesta quinta-feira (3) suas estimativas para o cenário macroeconômico brasileiro, com destaque para a projeção da taxa de câmbio.

De acordo com o relatório liderado pelo economista-chefe Caio Megale, a nova expectativa é de que o dólar encerre 2025 cotado a R$ 5,50 — valor inferior à projeção anterior, que apontava para R$ 5,80.

A revisão ocorre em um contexto de fortalecimento do real frente ao dólar, em meio a um ambiente global mais favorável às moedas de mercados emergentes.

A análise da XP sugere que a tendência de um dólar mais fraco internacionalmente deve continuar influenciando o comportamento da taxa de câmbio brasileira.

Expectativa para 2026 tem leve alta

Embora a projeção para 2025 tenha sido reduzida, a XP revisou para cima a expectativa para 2026. Agora, a previsão para o câmbio ao final do próximo ano é de R$ 6,10, frente à estimativa anterior de R$ 5,70.

Essa elevação, segundo o relatório, reflete incertezas fiscais e políticas que podem se intensificar com a aproximação do ciclo eleitoral e com o cenário externo mais volátil.

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Real se fortalece com commodities e contexto externo

Na véspera da revisão, o dólar havia fechado cotado a R$ 5,42, nos menores níveis desde agosto.

Analistas de mercado não apontaram um único gatilho para a valorização do real, mas destacaram a valorização das commodities — como minério de ferro e petróleo — como fator de impulso para as moedas latino-americanas.

💲 Segundo operadores, a valorização recente ocorre em um momento de maior apetite por risco nos mercados globais, com investidores analisando os dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos e ajustando expectativas sobre juros futuros no país.