Raízen (RAIZ4): BTG Pactual prevê prejuízo bilionário e corta preço-alvo para ação
Apesar do corte na estimativa, a recomendação do banco para os papéis segue como compra, com expectativa de valorização no longo prazo.
💸 O UBS BB revisou nesta segunda-feira (9) sua recomendação para a Raízen (RAIZ4), passando de compra para neutra, além de cortar o preço-alvo da ação de R$ 3,90 para R$ 2,30 — o que implica um potencial de alta de 16% sobre o fechamento da última sexta-feira (6).
“Estamos rebaixando a recomendação da Raízen para neutra, pois esperamos que a reestruturação positiva que a empresa está realizando demore mais para se traduzir em retorno aos acionistas”, diz o relatório.
Os analistas dizem ainda que “Isso levará eventualmente à redução do endividamento, mas acreditamos que os investidores podem esperar, já que esperamos que essa tendência acelere apenas em 2-3 anos, e há riscos – daí nossa mudança para neutra”, se referindo aos juros mais altos e desafios no setor sucroalcooleiro.
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💰 A projeção do banco é de que a empresa seguirá consumindo caixa em 2025/26, e possivelmente também em 2026/27, antes de começar a reduzir sua dívida. Segundo o banco, o potencial de geração de caixa no médio prazo dependerá de fatores como a redução dos juros para menos de 12% até o fim de 2026 e a estabilidade do petróleo entre US$ 62 e US$ 70 por barril.
“Nosso preço-alvo foi reduzido em 42% devido à fraca geração de caixa nos últimos resultados (-R$1,50/ação), ajuste da dívida para incluir iniciativas específicas de capital de giro (R$1,10/ação) e resultados mais fracos esperados para açúcar e etanol, com menor moagem e preços (-R$0,5/ação)”, diz o banco.
🤑 Além disso, o Citi também revisou para baixo o preço-alvo das ações da Raízen, de R$ 3 para R$ 2,50, refletindo a redução nas estimativas da equipe de análise, motivada principalmente pela menor moagem de cana e pela previsão de preços mais baixos para o açúcar.
Apesar do corte na estimativa, a recomendação do banco para os papéis segue como compra, com expectativa de valorização no longo prazo.
Segundo o banco, a moagem de cana totalizou 24,5 milhões de toneladas, volume 21% menor que no mesmo período da safra anterior.