Raízen (RAIZ4): BNDES investe R$ 1 bilhão em projeto de etanol 2G
A iniciativa reforça o compromisso do setor em oferecer alternativas mais sustentáveis para o mercado energético.
📉 As ações da Raízen (RAIZ4) engatam mais um pregão bastante negativo nesta terça-feira (21), recuando até −5,18% na cotação mínima diária de R$ 1,83 ante o preço do fechamento anterior de R$ 1,93. Como dito, há um bom tempo que a companhia enfrenta uma maré de baixa na Bolsa brasileira.
Conforme dados do Investidor10, já descontada a inflação, a empresa acumula uma rentabilidade de −49,64% nos últimos 12 meses, ou seja, praticamente o patrimônio dos acionistas evaporou pela metade.
Nossa simulação aponta que se você tivesse investido R$ 1 mil em RAIZ4 há um ano, hoje você teria R$ 531,25, já levando em conta o reinvestimento dos dividendos. Em comparação, o Ibovespa teria retornado R$ 970,41 nas mesmas condições.
Nessa altura, duas questões principais devem estar pairando na mente dos investidores: o porquê da empresa viver essa má fase e se vale a pena investir na ação pensando em carregá-la para o longo prazo. Os analistas do BTG Pactual compartilham em relatório tais respostas.
➡️ Leia mais: Prejuízo da AgroGalaxy (AGXY3) bate R$ 1,6 bilhão no 3T24 com recuperação judicial
A produtora de açúcar e etanol despertou a desconfiança do mercado desde que divulgou no último dia 17 de janeiro dados prévios sobre o trimestre passado de sua safra, números que levantam dúvidas se a Raízen conseguirá cumprir o seu guidance (projeção financeira) nesta temporada.
"Tal melhora de sentimento parece depender de uma maior visibilidade da tão necessária desalavancagem do balanço, da rotação do portfólio de ativos e dos impactos das mudanças internas", comenta o time de analistas do banco, em relatório.
🚜 Ou seja, para o BTG Pactual, o investimento em Raízen é uma tese de desalavancagem que precisa voltar ao básico, já que a companhia sofre bastante com o cenário de juros elevados no Brasil e seu nível alto de endividamento.
Dessa maneira, a empresa passa por uma profunda reformulação da equipe de gestão e uma revisão nas prioridades de crescimento e alocação de capital. Até mesmo o E2G (etanol de segunda geração), antes o principal motor de crescimento da Raízen, está sendo repensado.
Mesmo com tantas ressalvas, o banco segue com recomendação de compra para RAIZ4, com preço justo de R$ 7 por ação, por ora, enquanto espera que até mesmo uma pequena melhora no perfil de FCF (Fluxo de Caixa Livre) possa desbloquear um significativo potencial de valorização das ações.
A iniciativa reforça o compromisso do setor em oferecer alternativas mais sustentáveis para o mercado energético.
A empresa acertou a diminuição de sua fatia acionária de 50% para até 27,4%, em um acordo com a Raízen Paraguay.