Raízen (RAIZ4) vende 31 projetos de energia solar e reduz participação no Paraguai
A empresa acertou a diminuição de sua fatia acionária de 50% para até 27,4%, em um acordo com a Raízen Paraguay.
💲 O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) anunciou nesta quarta-feira (08), a aprovação de um financiamento de R$ 1 bilhão para a construção de uma nova usina de etanol de segunda geração (E2G) pela Raízen Energia (RAIZ4) em Andradina, São Paulo.
O projeto, que promete transformar a produção de biocombustíveis no Brasil, terá capacidade instalada para produzir até 82 milhões de litros de etanol celulósico por ano.
A iniciativa reforça o compromisso do setor em oferecer alternativas mais sustentáveis para o mercado energético.
Diferente do método convencional, o etanol de segunda geração é fabricado a partir de resíduos do processo produtivo, como o bagaço da cana-de-açúcar.
Essa abordagem não apenas aproveita materiais antes descartados, mas também apresenta uma pegada de carbono significativamente reduzida: 80% menor que a gasolina comum e 30% abaixo do etanol tradicional.
Além disso, o biocombustível celulósico tem aplicações promissoras, incluindo o SAF (combustível sustentável para aviação), hidrogênio verde e combustível marítimo, colocando o Brasil em destaque na corrida global por soluções inovadoras em energia limpa.
Maior produtora mundial de etanol de cana-de-açúcar, a Raízen já possui duas unidades de E2G em operação e iniciou recentemente os testes em outras duas plantas localizadas em Valparaíso e Barra Bonita, também em São Paulo.
Com o novo projeto em Andradina, a empresa planeja encerrar a safra 2024/25 com uma capacidade nominal total de 278 milhões de litros de etanol celulósico, consolidando sua posição como pioneira na produção sustentável de biocombustíveis.
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O processo produtivo do E2G utiliza enzimas especialmente formuladas para extrair açúcares da celulose, que posteriormente são fermentados por leveduras.
Essa tecnologia avançada destaca o Brasil como um dos líderes globais em inovação no setor de biocombustíveis.
O investimento total da Raízen no projeto é estimado em R$ 1,4 bilhão, com apoio financeiro de duas linhas do BNDES: o programa Mais Inovação (R$ 500 milhões) e o Fundo Clima (R$ 500 milhões).
Durante a fase de construção, estima-se a geração de mais de 1.500 empregos diretos por planta, além de 200 vagas permanentes na etapa de operação.
A iniciativa não apenas representa um avanço tecnológico para o setor de biocombustíveis, mas também uma contribuição significativa para a agenda de descarbonização global.
📊 O etanol de segunda geração surge como uma solução estratégica para reduzir emissões e atender à crescente demanda por fontes de energia sustentáveis.
A empresa acertou a diminuição de sua fatia acionária de 50% para até 27,4%, em um acordo com a Raízen Paraguay.
A companhia, por outro lado, praticou preços menores de etanol no 4º trimestre do ano-safra.