💸 Na última reunião, o Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu manter a
Selic em 15% ao ano, reforçando o compromisso com o controle da inflação e sinalizando prudência no ciclo de política monetária. A decisão congela as expectativas de corte no curto prazo e redesenha o mapa de vencedores e perdedores na B3.
Setores que ganham com os juros elevados, como bancos e seguradoras, costumam registrar margens mais robustas, impulsionadas pelo ganho com o spread (diferença entre juros cobrados e pagos pelos bancos) e pelo resultado financeiro, afirmou Bruna Pacheco, especialista em investimentos e sócia da GT Capital.
"Setores que se beneficiam de juros altos como bancos e seguradoras, tendem a apresentar margens mais robustas, sustentadas pelo ganho com o spread e o resultado financeiro. Empresas exportadoras também podem manter desempenho sólido, pois o juro alto ajuda a conter a inflação e estabiliza o câmbio", avaliou.
Já os setores da B3 que perdem são os que dependem diretamente do crédito e de uma economia aquecida, explicou Jeff Patzlaff, planejador financeiro e especialista em investimentos.
💰 "Os setores defensivos não dependem tanto do crescimento da economia e, muitas vezes, ganham com os juros altos ou pagam bons dividendos. Já os setores que mais sofrem são aqueles que dependem de crédito e da economia aquecida, como o setor de varejo e consumo, construção civil, imóveis, tecnologia e startups", analisou.
Boa notícia para os investidores?
A decisão de manter a taxa Selic em 15% consolida um cenário de retornos robustos para a renda fixa, especialmente para quem busca segurança e liquidez. De acordo com Pacheco, a estabilidade da taxa básica de juros tem um impacto direto e positivo em produtos pós-fixados.
"Com a Selic mantida em 15%, o cenário é de estabilidade na remuneração dos títulos pós-fixados como
CDBs,
Tesouro Selic e
fundos DI, que continuam oferecendo retornos elevados, já que seguem diretamente a taxa básica de juros," explica Pacheco. "Esses produtos seguem sendo boas opções para quem busca liquidez e baixo risco", avaliou.
💭 Na mesma linha, Jeff Patzlaff, destaca que a manutenção da taxa é “uma excelente notícia para quem investe em renda fixa”. Para ele, a rentabilidade continua elevada, sobretudo em produtos pós-fixados, ideais para reserva de emergência ou oportunidades de curto prazo.
“Os investimentos como Tesouro Selic, CDBs de bancos médios,
LCIs e LCAs seguem sendo ótimas opções, pois rendem bem e com segurança. Já para o médio e longo prazo, os prefixados e os de inflação são uma grande oportunidade de travar juros altos”, afirmou.
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Vale lembrar que o Copom realiza reuniões a cada 45 dias para definir o patamar da taxa Selic. Em 2025, o colegiado ainda tem mais um encontro agendado, nos dias 9 e 10 de dezembro.