🌱 Quem acompanha o mercado financeiro já deve ter sacado que o principal motor da economia brasileira, o agronegócio, não anda muito bem das pernas em 2024. Prova disso, foi o emblemático pedido de recuperação da AgroGalaxy (AGXY3), que afeta milhares de investidores na bolsa de valores e produtores rurais, porteira adentro.
O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro mostra retração no segundo trimestre do ano (2T24), com queda de 1,28%, além de acumular perdas de 3,50% em 2024, conforme estudo realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Para os especialistas, o setor tem sofrido com pressões de preços das principais commodities (algodão, café, milho, soja e trigo) desde 2023. No 2T24, só o PIB do ramo agrícola a caiu 1,22%, semelhantemente ao ramo pecuário, cuja retração foi de 1,20%.
No semestre, a queda acentuada no ramo agrícola, de 5,10%, é um dos fatores principais para o resultado do setor, haja vista o ligeiro crescimento de 0,5% do ramo pecuário, que, por sua vez, esteve atrelado principalmente ao desempenho positivo no segmento agroindustrial e de agrosserviços.
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A participação do agronegócio na economia brasileira deve diminuir bastante neste ano, com base no estudo divulgado nesta quinta-feira (16).
"Considerando também o desempenho da economia brasileira na totalidade até o momento, o PIB do agronegócio pode responder por cerca de 21,8% do PIB do Brasil no ano, abaixo dos 24,0% observados em 2023", destaca o estudo.
🚜 Sob a perspectiva dos segmentos do setor, o PIB dos insumos apresentou retração de 2,68% no segundo trimestre, acumulando queda de 8,13% no semestre.
Tal desempenho foi prejudicado pela redução do valor bruto da produção, impactada principalmente pela desvalorização dos fertilizantes, defensivos, máquinas agrícolas e rações.
Além disso, as indústrias de defensivos, máquinas agrícolas e rações também apresentaram retrações nas expectativas de produção.
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O resultado do agronegócio em 2024 tem sido impactado, sobretudo, pela queda nos preços e pela redução da produção de importantes produtos do setor, com destaque para a agricultura dentro da porteira.
Em contrapartida, o ramo pecuário atenuou o impacto negativo, principalmente devido ao desempenho favorável dos segmentos agroindustrial e de agrosserviços.
🐂 Ou seja, pelo menos os frigoríficos brasileiros estão conseguindo se sair melhor, tanto que a ação do agronegócio que mais sobe na bolsa brasileira na parcial de outubro é a JBS (JBSS3), com valorização de 9,42%.
A expansão na produção de bovinos, ovos e leite ajudou a atenuar o declínio no segmento pecuário e mantê-lo no azul em 2024.
Os recursos permitirão a abertura de um novo turno de trabalho, dobrando a capacidade de abate da planta.
A empresa americana reforçou que o investimento não altera a composição ou controle da JBS.
