PF deflagra operação contra segurança de Gusttavo Lima por ligação com o PCC

O nome de Rogerinho foi mencionado na delação de Vinícius Gritzbach, empresário executado a tiros no último mês.

Author
Publicado em 17/12/2024 às 10:15h - Atualizado 4 meses atrás Publicado em 17/12/2024 às 10:15h Atualizado 4 meses atrás por Matheus Silva
Segundo relatos, o policial civil teria se apropriado de um valioso relógio pertencente ao empresário (Imagem: Reprodução / Instagram

🚨 A Polícia Federal (PF) realizou nesta terça-feira (17) uma operação de grande impacto em São Paulo, mirando policiais civis suspeitos de colaboração com o Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das maiores facções criminosas do país.

Entre os nomes envolvidos na investigação, chama atenção Rogério de Almeida Felício, conhecido como "Rogerinho", policial civil que também atua como segurança do cantor sertanejo Gusttavo Lima.

Relação com o PCC e a morte de empresário

O nome de Rogerinho foi mencionado na delação de Vinícius Gritzbach, empresário executado a tiros no último mês, após desembarcar no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Segundo relatos, o policial civil teria se apropriado de um valioso relógio pertencente ao empresário, possivelmente vinculado a esquemas ilegais. Imagens divulgadas mostram o investigado exibindo o objeto, fortalecendo as suspeitas.

Com um salário na faixa de R$ 7 mil como policial civil, Rogerinho desperta a curiosidade dos investigadores por ser associado a três empreendimentos distintos: uma clínica de estética, uma empresa de segurança privada e uma construtora na capital paulista.

Nesta terça-feira (17), a PF realizou buscas em endereços relacionados a ele, mas o policial não foi localizado.

A operação é resultado de um trabalho conjunto entre a Polícia Federal, o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e a Corregedoria da Polícia Civil.

Além de Rogerinho, outras sete prisões foram efetuadas, incluindo um delegado e três policiais civis.

➡️ Leia mais: BTG Pactual (BPAC11) anuncia pagamento de JCP; confira os valores e quem tem direito

As apurações revelam um esquema sofisticado de corrupção que incluía:

  • Vazamento e manipulação de investigações sigilosas;
  • Vendas de proteção a criminosos ligados ao PCC;
  • Facilitação de lavagem de dinheiro proveniente de atividades ilícitas.

Bloqueio de bens e próximos passos

A Justiça determinou prisões temporárias, bloqueio de contas bancárias e o sequestro de patrimônios dos envolvidos.

O caso segue em andamento, com a Polícia Federal intensificando as buscas por Rogerinho e outros alvos que ainda não foram localizados.

A operação é parte de um conjunto de investigações que conectam a morte do empresário Gritzbach a um esquema mais amplo de corrupção policial e atuação da facção PCC.

O envolvimento do policial que trabalha como segurança de uma das maiores estrelas do sertanejo, Gusttavo Lima, aumentou a repercussão do caso.

📲 Até o momento, nem o cantor nem sua assessoria emitiram posicionamentos sobre as investigações em curso.