Petrobras (PETR4) conclui simulado na Foz do Amazonas e aguarda decisão do Ibama

A operação é vista como a última etapa antes da decisão do Ibama sobre a liberação da licença para perfuração de um poço exploratório na região.

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Publicado em 27/08/2025 às 20:06h - Atualizado 7 horas atrás Publicado em 27/08/2025 às 20:06h Atualizado 7 horas atrás por Matheus Silva
"A expectativa é encerrar ainda hoje, mas a definição cabe ao Ibama”, disse uma fonte à Reuters (Imagem: Shutterstock)

🚨 O simulado de emergência conduzido pela Petrobras (PETR4) na Bacia da Foz do Amazonas, em águas profundas do Amapá, caminha para a reta final sem qualquer registro de incidentes, segundo fontes próximas à companhia.

A operação, iniciada no último domingo (24), é considerada pela estatal como a última etapa antes da aguardada decisão do Ibama sobre a liberação da licença para perfuração de um poço exploratório na região.

A Avaliação Pré-Operacional (APO), como é chamado o exercício, mobilizou cerca de 400 profissionais, aeronaves, embarcações e até a própria sonda destinada à futura perfuração. “Está tudo transcorrendo como o planejado. A expectativa é encerrar ainda hoje, mas a definição cabe ao Ibama”, disse uma fonte à Reuters.

O órgão ambiental confirmou que o exercício segue em andamento e que apenas após a conclusão poderá fornecer informações adicionais sobre o resultado.

Investimento sem precedentes

A Petrobras vem pleiteando há anos a autorização para perfurar na Foz do Amazonas e já desembolsou centenas de milhões de reais em infraestrutura, centros de resgate de fauna e flora e demais exigências ambientais.

“Sem dúvida, é o maior investimento já feito por uma empresa no Brasil em busca de um licenciamento”, destacou uma das fontes.

O último simulado semelhante realizado pela estatal havia ocorrido em 2023, na Bacia Potiguar, no litoral nordestino.

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Potencial bilionário em jogo

A indústria de petróleo vê na Bacia da Foz do Amazonas um potencial comparável ao de países vizinhos, como Guiana e Suriname, que registraram grandes descobertas em áreas de geologia semelhante.

Caso confirmada a presença de hidrocarbonetos, a região pode abrir uma nova fronteira exploratória para o Brasil, ampliando a curva de produção nacional prevista até o início da próxima década.

Entretanto, a iniciativa enfrenta resistência de setores ambientais e parte do governo, que apontam riscos em uma área sensível e ainda pouco estudada.

“É uma região promissora, mas complexa do ponto de vista socioambiental. Só a perfuração poderá confirmar a presença de petróleo”, explicou Roberto Ardenghy, presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), em evento recente.

📊 A expectativa do mercado é que, caso a APO seja validada pelo Ibama, a Petrobras finalmente obtenha a licença para iniciar os trabalhos de perfuração — passo crucial para confirmar ou não as projeções sobre o potencial da Foz do Amazonas.