Petrobras (PETR4): Banco vê “desafio” em pagamento de dividendos extraordinários

O banco manteve uma recomendação neutra para as ações da companhia, estabelecendo um preço-alvo de US$ 17 para as ADRs.

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Publicado em 16/07/2024 às 16:28h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 16/07/2024 às 16:28h Atualizado 1 mês atrás por Matheus Rodrigues
Os analistas Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz destacam que os dividendos são um dos principais motivos para a recomendação neutra. Imagem: Shutterstock.

💲 A Petrobras (PETR4), uma gigante no portfólio de muitos investidores, enfrenta um dos momentos mais desafiadores do seu plano estratégico 2024-28, conforme aponta um relatório recente do banco Santander.

O banco manteve uma recomendação neutra para as ações da companhia, estabelecendo um preço-alvo de US$ 17 para as ADRs.

Dividendos Sob Pressão

Os analistas Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz destacam que os dividendos são um dos principais motivos para a recomendação neutra.

Eles preveem que o plano estratégico, juntamente com outros desembolsos de caixa, reduzirá a posição de caixa da Petrobras a níveis críticos, deixando pouco espaço para dividendos extraordinários em 2025.

A empresa planeja uma série de lançamentos de navios de exploração, conhecidos como FPSOs, que podem levar a dívida bruta da companhia a ultrapassar o limite de US$ 65 bilhões.

Esse cenário poderia impactar negativamente a política de dividendos baseada no fluxo de caixa livre, já que manter a dívida abaixo desse limite é essencial para continuar remunerando os acionistas.

Desafios e Possibilidades

Além dos investimentos em FPSOs, outras saídas de caixa, como dividendos extraordinários, acordos fiscais e potenciais fusões e aquisições, também podem pressionar a posição de caixa da Petrobras, aproximando-a de US$ 9 bilhões a US$ 10 bilhões, perto da referência de US$ 8 bilhões.

O relatório do Santander ressalta que há pouco espaço para dividendos extraordinários além dos US$ 4,5 bilhões já previstos para serem pagos entre o segundo semestre de 2024 e o primeiro trimestre de 2025.

Entretanto, há a possibilidade de a Petrobras aumentar o teto da dívida para além dos US$ 65 bilhões, permitindo absorver arrendamentos adicionais sem reduzir o endividamento financeiro, embora essa opção ainda seja incerta.

📈 A Petrobras está em uma encruzilhada estratégica, onde as decisões tomadas nos próximos anos serão cruciais para seu futuro financeiro.

Investidores e analistas permanecem atentos às movimentações da companhia, especialmente no que tange à gestão da dívida e à política de dividendos.

Com um plano ambicioso e desafios significativos à frente, a Petrobras continua sendo uma peça central no cenário econômico brasileiro.