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A Petrobras (PETR3) indicou nesta sexta-feira (15/09) que os projetos de energia eólica offshore anunciados nesta semana ainda não devem ser encarados como uma “decisão de investimento”, pois dependem de estudos de viabilidade técnico-econômica e ambiental.
A petroleira anunciou na quarta-feira (13/09) o estudo de projetos para a geração de energia eólica em dez áreas do litoral brasileiro. Além disso, informou já ter encaminhado ao Ibama um pedido de licenciamento ambiental dessas áreas.
Nesta sexta (15/09), contudo, a companhia esclareceu que “esse tipo de solicitação junto ao Ibama não significa uma decisão de investimento, nem garante o direito sobre as áreas, o que deve acontecer somente após processo a ser conduzido conforme a regulação em discussão no âmbito do Congresso Nacional”.
Em comunicado ao mercado, a Petrobras afirmou ainda que o pedido junto ao Ibama “tem como objetivo avaliar a viabilidade técnico-econômica e ambiental de áreas com forte potencial para desenvolvimento futuro de projetos, assim como a cooperação assinada com a Equinor para avaliação de outras sete áreas, conforme comunicado de 06/03/2023”.
“Após a obtenção de outorga sobre as áreas, será avaliado o desenvolvimento de projetos que serão submetidos às instâncias competentes da companhia, com todos os requisitos necessários de demonstração de viabilidade técnico-econômica. Especificamente para projetos de geração renovável, como as eólicas offshore, a obtenção de contratos de energia, no mercado livre ou via leilões de energia, será um dos fatores necessários para definir a viabilidade dos projetos”, seguiu.
A Petrobras trabalha em parceria com a Equinor para avançar com a geração de energia eólica offshore. Conforme anunciado em março, as empresas avaliam a viabilidade de sete projetos desse tipo na costa brasileira. O potencial de geração elétrica chega a 14,5 GW.
Nesta semana, a estatal disse que o projeto com a Equinor segue como uma de suas prioridades. Contudo, indicou que também tem interesse em avançar com projetos próprios, ao solicitar o licenciamento ambiental de dez áreas da costa brasileira ao Ibama.
De acordo com a Petrobras, essas dez áreas têm potencial para o desenvolvimento de projetos eólicos offshore com capacidade de até 23 GW. Com isso, a empresa passaria a ter o maior potencial de geração de energia eólica offshore no Brasil, em capacidade protocolada junto ao Ibama.
Como disse nesta sexta-feira (15/09), no entanto, esses projetos ainda dependem de estudos de viabilidade. A Petrobras vai, então, intensificar as medições de potencial eólico e reunir informações sobre o ambiente marinho brasileiro para definir “as melhores áreas para o aproveitamento do recurso eólico offshore no Brasil”.
As dez áreas avaliadas atualmente pela empresa situam-se na costa de sete estados brasileiros: três no Rio Grande do Norte, três no Ceará, uma no Maranhão, uma no Rio de Janeiro, uma no Espírito Santo e uma no Rio Grande do Sul.
Ainda nesta semana, a Petrobras anunciou uma parceria estratégica com a Weg para o desenvolvimento conjunto de um super aerogerador onshore. O equipamento deve ter uma capacidade de 7 megawatts e será o primeiro desse porte a ser fabricado no Brasil.
Além de contribuir com a expansão da energia eólica onshore no Brasil, o aerogador também pode impactar a geração offshore no futuro, segundo a estatal. “À medida que um fornecedor nacional acumula experiência e conhecimento na produção de aerogeradores de alta capacidade em terra, pavimenta o caminho para o desenvolvimento de aerogeradores de maior porte, que poderão ser utilizados nos projetos de geração offshore”, afirmou a Petrobras.
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