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🚀 O mercado acionário brasileiro viveu, em 2025, um ano de contrastes. O Ibovespa (IBOV) acumulou alta de apenas 19,68% até 2 de outubro, refletindo um ambiente ainda desafiador, marcado por juros elevados, incertezas fiscais e volatilidade externa.
Mas no meio desse cenário, um grupo seleto brilhou: 12 ações negociadas na B3 mais do que dobraram de valor.
A maioria desses papéis pertence ao índice Small Caps (SMLL), mostrando que, neste ciclo, os investidores encontraram mais valor em empresas menores e de maior risco do que nos grandes nomes que compõem o índice principal.
Entre essas campeãs, algumas se destacaram não apenas pelo percentual de valorização, mas também pelo enredo por trás de cada alta.
A liderança isolada ficou com a Cogna (COGN3), que avançou impressionantes 197,76% no acumulado do ano.
Depois de anos de reestruturação e redução de dívidas, a companhia finalmente conseguiu mostrar sinais consistentes de recuperação.
O avanço do ensino à distância, a readequação do portfólio de cursos e a eficiência operacional deram novo fôlego à empresa, que vinha de um longo período de queda.
Além disso, a percepção de que o setor de educação poderia inaugurar um novo ciclo de margens crescentes atraiu investidores em busca de ativos de turnaround.
“A Cogna virou o símbolo da virada de mão do setor educacional em 2025”, comenta um gestor ouvido pelo mercado.
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Se a Cogna representou a virada da educação, a Helbor (HBOR3) foi a grande surpresa do setor imobiliário. Suas ações saltaram 178,91%, reflexo direto de um ponto de partida muito descontado no início do ano.
Apesar de um ambiente ainda marcado por crédito caro e demanda seletiva, a incorporadora conseguiu capturar a resiliência do mercado imobiliário, principalmente em regiões metropolitanas.
A confiança do mercado foi renovada quando a empresa mostrou melhora nas margens e redução da alavancagem.
A liquidez reduzida dos papéis também ajudou a potencializar os ganhos, com menos volume negociado, a pressão compradora fez o preço disparar.
A terceira colocada foi a Aura Minerals (AURA33), com valorização de 173,44%. O desempenho reflete o rali global dos metais preciosos e industriais em 2025, impulsionado tanto por expectativas de cortes de juros nos Estados Unidos quanto por uma maior demanda da China em segmentos estratégicos.
A mineradora, que já vinha mostrando boa disciplina operacional, conseguiu capturar esse movimento com forte geração de caixa e entregas consistentes de produção.
Na quarta posição aparece a Moura Dubeux (MDNE3), com alta de 168,52%, consolidando-se como uma das maiores apostas do mercado imobiliário no Nordeste.
A empresa se destacou pelo foco regional e pela execução de projetos em áreas de grande demanda.
Já a Ser Educacional (SEER3), que valorizou 150,69%, também com forte presença na região, foi beneficiada pelo mesmo movimento estrutural que impulsionou a Cogna - a maior penetração do ensino digital, ganhos de eficiência e expectativa de consolidação no setor educacional.
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Outro nome que entrou na lista das maiores altas foi a Movida (MOVI3), com avanço de 146,60%.
A empresa foi beneficiada pela recuperação do setor de locação de veículos, após anos de margens pressionadas por custos de financiamento elevados e preços de automóveis mais caros.
Com a expectativa de queda da Selic em 2026, o mercado antecipou ganhos futuros no segmento, o que ajudou a reforçar o movimento comprador.
O setor elétrico também teve um representante entre os destaques: a Serena (SRNA3), que subiu 124,55%.
A empresa mostrou resultados consistentes e aumento de margens ao longo de 2025, conquistando espaço em um setor geralmente associado à previsibilidade e estabilidade, mas que neste ciclo conseguiu oferecer crescimento acima da média.
Ao analisar as maiores altas de 2025, três pontos se destacam:
Se por um lado a disparada dessas ações gera entusiasmo, por outro exige cautela.
Papéis como Helbor, Ser Educacional e Lavvi ainda negociam com volumes diários médios baixos, o que aumenta a volatilidade e pode dificultar operações maiores.
Em momentos de estresse, esse fator pode intensificar quedas tanto quanto potencializou as altas vistas em 2025.
O contraste entre a alta tímida do Ibovespa e as valorizações explosivas dessas 12 ações deixa claro que, em 2025, o mercado brasileiro foi marcado por oportunidades concentradas.
Enquanto bancos, commodities e estatais mantiveram o índice principal em um ritmo mais lento, os maiores retornos ficaram com empresas em processo de reestruturação, incorporadoras que saíram de preços deprimidos e players de setores em transformação.
📈 Para o investidor, a lição é clara. A geração de alfa não está necessariamente nos nomes mais óbvios da Bolsa. Em 2025, quem buscou valor em ativos fora do radar, com paciência para suportar volatilidade e visão de longo prazo, colheu os frutos mais expressivos.
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