A Orizon (ORVR3) anunciou nesta quarta-feira (17) a incorporação da Vital Engenharia -empresa de resíduos sólidos da Família Queiroz Galvão.
💲 O negócio marca a entrada da Orizon no segmento de resíduos sólidos e ainda cria a maior companhia do setor de resíduos do Brasil em termos de volume destinado, com receita líquida anual superior a R$ 3 bilhões, Ebitda de quase R$ 1 bilhão e lucro líquido anual superior a R$ 350 milhões.
Ou seja, a receita líquida da Orizon pode triplicar e o Ebitda tem potencial para dobrar a partir da aquisição, em relação a 2024.
Não à toa, as ações da Orizon sobem forte na B3 nesta quarta-feira (17), enquanto o Ibovespa afunda com o mercado de olho nas eleições de 2026. Às 13h22, o papel subia 1,64% e era cotado a R$ 69,30.
♻️ A Orizon atua no no processo de valorização de resíduos em 12 estados brasileiros, por meio de 18 ecoparques. Já a Vital Engenharia atua em 8 estados brasileiros, com serviços de destinação final, transição energética, gestão integrada e coleta de resíduos.
A empresa listada na bolsa avalia, então, que a aquisição representa um "avanço relevante em sua estratégia de expansão". Além disso, "fortalece o modelo operacional e eleva sua resiliência frente às dinâmicas de mercado".
O negócio eleva para 14,2 milhões de toneladas o volume anual de resíduos recebidos pela Orizon e permitirá a expansão das suas atividades, por meio da celebração de novos contratos de gestão integrada de resíduos sólidos, por exemplo,
Segundo a Orizon, esta nova frente de atuação "potencializa a recorrência e a previsibilidade de receitas e de caixa no longo prazo", inclusive nos 18 ecoparques em que já atua.
"As potenciais sinergias da Incorporação incluem, entre outras, maior eficiência na gestão dos Ecoparques, redução de custos corporativos, ganhos de escala para sustentar o crescimento orgânico e inorgânico", concluiu, em comunicado ao mercado.
Pelo acordo, a Orizon vai incorporar a Vital Engenharia por meio de uma troca de ações.
📈 A companhia vai emitir quase 41,2 milhões de novas ações ordinárias (ORVR3) e 5,6 milhões de bônus de subscrição que serão atribuídos aos atuais acionistas da Vital.
Com isso, a Orizon passará a deter 100% da Vital. Já os acionistas da Vital ficarão com 30% da Orizon e vão ganhar espaço no Conselho de Administração da empresa.
Pelo acordo, o Conselho de Administração da Orizon passará a ser composto por 11 membros, sendo 4 indicados pelos atuais acionistas de referência da Orizon, incluindo o presidente do Conselho; 4 indicados pelo atual controlador da Vital, incluindo o vice-presidente do Conselho; e 3 membros independentes.
O acordo de acionistas tem uma duração de 20 anos e ainda estabelece que a Orizon continuará responsável pela condução das principais diretrizes estratégicas da companhia, inclusive a aprovação do orçamento anual e da composição da Diretoria Estatutária. Contudo, dá direitos de veto para a Vital em determinadas matérias.
"A Incorporação resulta, ainda, na combinação de negócios e de plataformas operacionais complementares, bem como na associação de acionistas com visão comum de longo prazo", disse a empresa listada na bolsa.
O fechamento do negócio ainda depende de determinadas condições, como a aprovação pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Os acionistas da Orizon também devem opinar sobre o assunto, em Assembleia Geral.
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