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Orizon Valorização de Resíduos (ORVR3) comunicou nesta quinta-feira (18), a formalização de um contrato de financiamento junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) no valor de R$ 449,7 milhões.
O recurso será destinado à implantação de uma unidade de produção de biometano no Ecoparque de Paulínia, em São Paulo.
A operação foi realizada por meio da Biometano Verde Paulínia, uma joint venture composta pela Edge Comercialização (51%) e pela Orizon (49%). De acordo com a companhia, o contrato possui as seguintes características:
- 80% dos recursos são provenientes do Fundo Clima;
- 20% do montante é oriundo da linha FINEM (Financiamento a Empreendimentos);
- Prazo total de 16 anos, com vencimento em setembro de 2041.
O primeiro desembolso, de R$ 242,5 milhões, foi efetuado na última quarta-feira (17).
O capital será utilizado para liquidar integralmente um empréstimo-ponte que venceria no fim deste mês. A Orizon informou que as obras no local seguem em estágio avançado, respeitando o cronograma e o orçamento previstos.
Expansão e liderança no setor de resíduos
O novo financiamento ocorre em um momento estratégico para a empresa. Nesta quarta-feira (17), a Orizon anunciou a aquisição da Vital, operação que deve consolidar o grupo como o maior player de gestão de resíduos do Brasil.
Com o movimento, o volume de resíduos destinados pela companhia deve saltar de 8,7 milhões para aproximadamente 14,2 milhões de toneladas anuais.
Com a integração dos ativos, a expectativa é que a estrutura combinada atinja:
- Receita líquida anual superior a R$ 3 bilhões;
- Ebitda próximo a R$ 1 bilhão;
- Lucro anual estimado acima de R$ 350 milhões.
📊Atualmente, o valor de mercado da Orizon é de cerca de R$ 6 bilhões, mas projeções indicam que o grupo pode alcançar um valor de R$ 9 bilhões após a união das operações. No terceiro trimestre (3T25), a empresa reportou lucro líquido de R$ 27,3 milhões e receita de R$ 281 milhões.