2025 é o ano do ouro caro e do dólar barato; saiba o pódio dos investimentos
Metal precioso se valoriza quase +30% no ano, ao passo que o dólar tem a maior queda anual desde 2016.
💰A BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, acredita que os atuais níveis de juros no Brasil e no cenário internacional oferecem uma “oportunidade única e geracional” para investidores de renda fixa.
A avaliação foi feita por Nathan do Nascimento, vice-presidente da BlackRock Brasil, durante evento promovido pela Nu Asset sobre o potencial do mercado de crédito.
De acordo com dados da gestora, 80% dos instrumentos globais de renda fixa hoje pagam pelo menos 4% em dólar, enquanto em mercados emergentes os retornos médios chegam a 6%.
Para Nascimento, essa combinação de juros altos e perspectivas de cortes em breve cria uma janela rara no mercado.
“Hoje você tem renda fixa pagando yields próximos de um topo que vimos apenas muitos anos atrás. É uma oportunidade geracional, algo que dificilmente veremos novamente tão cedo”, destacou o executivo.
A BlackRock avalia que a tendência é de afrouxamento monetário nas principais economias:
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Mesmo com desafios, a BlackRock vê um quadro de melhora gradual nos fundamentos fiscais. Nos mercados emergentes, contas externas e resultados primários evoluíram após a forte expansão de gastos durante a pandemia.
“Os Bancos Centrais estão sendo capazes de lidar com as dificuldades. Há uma cura das expansões fiscais e isso melhora a confiança no médio prazo”, explicou Nascimento.
A visão positiva também se estende à renda fixa privada brasileira. Para Marta Veloso, diretora da Fitch Ratings, as empresas nacionais reforçaram a liquidez e reduziram riscos de crédito nos últimos anos:
Segundo Veloso, isso torna os refinanciamentos administráveis e limita riscos relevantes no curto prazo.
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Apesar do tom otimista em relação à renda fixa, tanto a BlackRock quanto a Fitch alertaram que alguns riscos seguem no radar e podem alterar o cenário projetado.
Nos Estados Unidos, a principal preocupação é a combinação entre a política comercial e a inflação.
Se o governo norte-americano decidir impor novas tarifas sobre produtos importados, isso pode pressionar ainda mais os preços e retardar o processo de queda da inflação.
Nesse caso, o Federal Reserve seria forçado a manter juros elevados por mais tempo, atrasando o início do ciclo de cortes tão esperado pelo mercado.
No médio prazo, o risco mais estrutural é o desequilíbrio fiscal dos EUA. A trajetória de endividamento crescente do país pode gerar pressões sobre os títulos do Tesouro americano, aumentar o custo da dívida e, em última instância, restringir a capacidade do governo de estimular a economia em momentos de crise.
Para investidores globais de renda fixa, esse é um ponto que pode mexer nas expectativas de longo prazo.
Já no caso do Brasil, o foco está na trajetória da dívida pública. Embora os fundamentos de curto prazo mostrem resiliência, um cenário de deterioração fiscal poderia comprometer a credibilidade do país e levar o Banco Central a manter juros altos por um período mais prolongado.
💲 O movimento encareceria o custo de crédito para as empresas, dificultando investimentos e potencialmente reduzindo a atratividade dos títulos privados emitidos no mercado local.
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