OPA da Cielo (CIEL3): Leilão define futuro da empresa na bolsa nesta 4ª feira

O leilão da OPA que mira a saída da companhia da B3 está marcado para as 15h.

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Publicado em 14/08/2024 às 15:02h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 14/08/2024 às 15:02h Atualizado 3 meses atrás por Marina Barbosa
Com OPA, bancos buscam maior flexibilidade na gestão da Cielo (Shutterstock)

A Cielo (CIEL3) realiza nesta quarta-feira (14) o leilão da OPA (Oferta Pública de Ações) que pode marcar a saída da empresa da bolsa brasileira.

📉 Controladores da Cielo, Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3) pretendem comprar até todas as ações da Cielo que estão em circulação no mercado para fechar o capital da empresa.

A OPA mira, então, um total de 902,2 milhões de ações. Isto é, o equivalente a 33,2% do capital social da Cielo.

Depois de muita negociação entre os controladores e os acionistas minoritários da Cielo, a oferta garante um valor de R$ 5,60 por ação, ajustado pelo CDI (Certificados de Depósito Interbancário). Os bancos devem, então, desembolsar mais de R$ 5 bilhões caso consigam adquirir todas essas ações.

💳 No edital da OPA, Bradesco e Banco do Brasil afirmam que o objetivo é simplificar a estrutura corporativa e organizacional da Cielo para, assim, ter "maior flexibilidade na gestão financeira e operacional das suas atividades no Brasil".

A operação ocorre em meio ao aumento da concorrência no mercado de maquininhas de cartão e à consequente perda de participação da Cielo. A companhia era a líder de mercado, mas perdeu esse posto para a Rede, do Itaú (ITUB4), em 2023.

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Condições para sair da bolsa

A saída da Cielo da bolsa, contudo, não será automática após o leilão nesta quarta-feira (14). Isso porque Bradesco e Banco do Brasil colocaram algumas condições para que isso aconteça.

Os bancos só pretendem converter o registro de companhia aberta da Cielo, da categoria "A" para "B" e, assim, tirar a empresa da bolsa, caso consigam comprar ao menos 2/3 das 902,2 milhões de ações que são objeto da OPA.

A saída da empresa da B3 depende, portanto, da quantidade de acionistas que aceitará vender os seus papeis para os bancos no leilão desta quarta-feira (14).

Caso as vendas alcancem mais de 1/3, mas menos de 2/3 dessas ações, a Cielo sairá apenas do Novo Mercado da B3. Porém, se menos de 1/3 dessas ações forem vendidas, a oferta será cancelada, sem que os bancos comprem nenhum dos papeis que estão com os acionistas minoritários da Cielo.

Se o leilão se confirmar, a oferta será liquidada em dois dias úteis, ou seja, na próxima sexta-feira (16).