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A Oi (OIBR3) anunciou nesta sexta-feira (27) um contrato para a venda de sucata, como cabos de cobre desativados, para a V.tal – Rede Neutra de Telecomunicações. O negócio faz parte do processo de recuperação judicial da telefônica.
Segundo as companhias, a operação se dará por meio de um instrumento de cessão onerosa de sucata e outras avenças. A ideia é que a Oi venda cabos de rede de cobre desativados e inservíveis, em regime de exclusividade, para a V.tal, mediante o abatimento da sua dívida. Isto é, ao invés de receber os valores equivalentes à sucata, a Oi terá esse montante descontado da dívida que hoje tem com a V.tal.
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A Oi destacou que o negócio permitirá a compensação ou redução de até 72% das obrigações take-or-pay (adquirir e pagar) que mantém com a V.tal. A dívida foi feita em dezembro de 2013, com o acordo de cessão de direito de uso de fração de espectro de fibras ópticas apagadas com a Globenet Cabos Submarinos S.A., que foi incorporada à V.tal.
O contrato ainda permite que a V.tal adquira sucata oriunda de rede aérea da Oi, abatendo mais uma parcela da dívida remanescente da telefônica. Além disso, prevê garantias para o pagamento das obrigações financeiras pela Oi. Caberá à V.tal, por outro lado, a responsabilidade e os custos da extração, transporte e armazenamento dos cabos de rede inservíveis.
Em fato relevante, a Oi disse que "a operação permitirá à Companhia uma redução significativa de seus passivos não-financeiros futuros, estando alinhada com a estratégia e os objetivos de seu plano de reestruturação".
A Oi também tem tentado vender outros ativos para avançar com o plano de recuperação judicial apresentado em maio, poucos meses depois do primeiro plano desse tipo ter sido encerrado após seis anos de negociações.
Na quarta-feira (25), a telefônica contratou o Citigroup e o BTG Pactual para que os bancos avaliem uma forma de monetizar as suas operações de banda larga via fibra ótica.
A Oi também tentou vender a base de clientes pós-pagos do serviço de TV por assinatura via satélite para a Sky, mas a empresa de TV por assinatura acabou desistindo do negócio.
Em 4 de outubro, por outro lado, a companhia fechou um acordo com Claro, Tim (TIMS3) e Telefônica Brasil (VIVT3) para encerrar os conflitos relacionados à venda de seus ativos móveis para as concorrentes.
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