O melhor banco da Bolsa? Itaú BBA crava sua escolha e aposta em valorização de 41%

O Bradesco (BBDC4) despontou como destaque, ganhando o selo de aprovação de um dos maiores analistas do mercado: o Itaú BBA.

Author
Publicado em 02/08/2025 às 12:36h - Atualizado 4 minutos atrás Publicado em 02/08/2025 às 12:36h Atualizado 4 minutos atrás por Matheus Silva
Segundo relatório, a instituição hoje a melhor opção entre os bancos listados na B3 (Imagem: Shutterstock)

🥇 O setor bancário brasileiro ganhou novos contornos após o início da temporada de balanços do segundo trimestre de 2025.

Entre os grandes players da Bolsa, o Bradesco (BBDC4) despontou como destaque, ganhando o selo de aprovação de um dos maiores analistas do mercado: o Itaú BBA.

Segundo relatório recente da corretora, a instituição financeira é hoje a melhor opção entre os bancos listados na B3 (B3SA3), tanto pela performance atual quanto pelas projeções futuras.

Bradesco em alta: lucro cresce e retorno acelera

De acordo com a equipe liderada por Pedro Leduc, o desempenho do Bradesco surpreendeu positivamente o mercado.

No segundo trimestre de 2025, o banco registrou um lucro líquido 29% maior em relação ao trimestre anterior.

Além disso, o ROE (retorno sobre patrimônio líquido), um dos principais indicadores de rentabilidade do setor, saltou 3,2 pontos percentuais, chegando a 14,6%.

A resposta imediata foi uma revisão para cima das projeções: o Itaú BBA agora estima um lucro de R$ 25 bilhões para 2025, com ROE de 14,9%, e R$ 29 bilhões em 2026, com ROE de 16,3%.

Com base nesses dados, a corretora elevou o preço-alvo das ações BBDC4 para R$ 22, o que representa um potencial de valorização de 41% frente à cotação atual.

Segundo o relatório, o que mais chamou atenção foi a capacidade de execução operacional do Bradesco, que parece ter sido restaurada.

“A capacidade de geração de receita voltou por meio de um equilíbrio saudável entre crescimento da carteira de crédito, gestão de spreads, receitas com serviços e seguros”, destacaram os analistas.

➡️ Leia mais: Ações do Banco do Brasil (BBAS3) desabam e BTG vê risco “estrutural”; entenda

Expansão das margens e controle de captação

Outro ponto enfatizado pelo Itaú BBA foi a expansão do NIM (Net Interest Margin) — margem financeira líquida —, mesmo em um cenário de redução de riscos da carteira. Isso indica uma gestão mais eficiente dos passivos e da rentabilidade sobre os ativos.

O Bradesco teria conseguido esse feito principalmente com estratégias inteligentes de captação:

  • Depósitos a prazo no varejo, com custos reduzidos via campanhas direcionadas;
  • Depósitos corporativos otimizados, aproveitando melhor o potencial das grandes empresas.

Segundo o BBA, essa combinação está sustentando margens mais altas e deve continuar sendo um pilar relevante para a performance da instituição.

Cartão de crédito volta a ganhar força

Mesmo com o crescimento de soluções digitais como Pix e carteiras eletrônicas, os cartões de crédito seguem como ferramentas estratégicas para o engajamento dos clientes.

O Bradesco, que havia diminuído sua atuação nesse segmento após o aumento da inadimplência no pós-pandemia, agora mostra sinais de recuperação.

O volume de transações (TPV) voltou a crescer e, pela primeira vez em muitos trimestres, o banco não perdeu participação de mercado no saldo de cartões.

Segundo o Itaú BBA, esse desempenho pode estar relacionado a uma melhor segmentação de clientes, com foco em faixas de renda média e alta — o que, coincidentemente ou não, coincide com uma leve desaceleração do crescimento do Nubank (ROXO34) no setor.

“Vemos esse engajamento gerando mais depósitos, monetização e redução da inadimplência”, afirmaram os analistas.

➡️ Leia mais: Agenda de dividendos: Petrobras, Santander, Weg e mais 18 empresas pagam proventos

Bradesco é a principal escolha entre os bancos

A leitura do Itaú BBA é clara: o Bradesco recuperou fôlego operacional, está voltando a crescer com solidez e conseguiu dissipar preocupações com capital e liquidez.

O banco está, nas palavras do relatório, “gerando capital suficiente para sustentar seu próprio crescimento”.

📊 Com isso, a instituição se torna a principal recomendação do BBA no setor bancário brasileiro em 2025, superando concorrentes que vinham ganhando mais atenção nos últimos anos.