Nubank (ROXO34) já tem a 4ª marca mais valiosa do Brasil, veja top 10
Segundo a Brand Finance, banco digital só está atrás de Itaú, Banco do Brasil e Bradesco.
🚨 Após declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, questionando por que o Nubank (ROXO34) pagaria menos impostos do que instituições como o Bradesco (BBDC4), o banco digital respondeu publicamente, defendendo sua carga tributária e apontando distorções no sistema atual.
A fala do ministro reacendeu o debate sobre a reforma na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), que promete equalizar a tributação entre bancos tradicionais e fintechs.
Haddad afirmou que a proposta do governo não se trata de um aumento de impostos, mas de uma tentativa de corrigir assimetrias.
“Por que um banco do tamanho do Nubank paga menos impostos que um banco do tamanho do Bradesco?”, questionou o ministro, ressaltando que ambas as instituições disputam os mesmos clientes e têm porte semelhante.
Hoje, o setor financeiro é dividido em três alíquotas de CSLL: 20% para grandes bancos como Itaú (ITUB4), Bradesco e Santander (SANB11); 15% para seguradoras e corretoras; e 9% para fintechs menores.
A proposta do governo Lula acaba com essa terceira faixa, levando essas empresas a pagar entre 15% e 20%, algo ainda indefinido.
Procurado para comentar as falas de Haddad, o Nubank afirmou que cumpre todas as normas legais desde sua fundação e apoia uma tributação mais equilibrada para todo o setor.
No entanto, o banco digital aproveitou para rebater a ideia de que as fintechs recolhem menos tributos.
Segundo o Nubank, a carga tributária efetiva — aquela que realmente incide após compensações e isenções — é maior nas fintechs do que nos bancões.
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Em 2024, a alíquota efetiva da instituição foi de 29,4%, enquanto bancos tradicionais apresentaram taxas entre 4,7% e 17,3%, conforme dados dos demonstrativos financeiros.
“O debate deve levar em conta todo o cenário tributário brasileiro, e não apenas a alíquota nominal da CSLL”, destacou o Nubank, mencionando também o impacto de outros tributos como o Imposto de Renda sobre Pessoa Jurídica (IRPJ).
Segundo o JPMorgan, a mudança proposta pelo governo pode levar o Nubank a uma alíquota total de 40% sobre o lucro, frente aos 34% atuais.
Esse ajuste teria impacto direto no lucro líquido da holding, reduzindo entre 5% e 7% o lucro por ação em 2024.
Mesmo com esses efeitos, o mercado ainda avalia que o Nubank tem vantagens competitivas por operar com estrutura enxuta, alta penetração digital e forte capacidade de escalar sua base de clientes.
📊 Ainda assim, uma tributação mais pesada pode afetar seu crescimento nos próximos trimestres.
Segundo a Brand Finance, banco digital só está atrás de Itaú, Banco do Brasil e Bradesco.
A proposta visa compensar a polêmica elevação do IOF sobre investimentos e atinge diretamente o setor financeiro.