Nubank (ROXO34) pode voltar à Argentina para desafiar o império do Mercado Pago (MELI34)
Compra do Brubank pode colocar 4 milhões de clientes no radar do roxinho e reabrir a batalha das fintechs no país vizinho.
🚨 O Mercado Livre (MELI34) consolidou-se como uma das queridinhas da Bolsa para analistas e gestores.
Muito além de um gigante do e-commerce, a companhia argentina tem se transformado também em um player relevante de serviços financeiros, avançando no Brasil com cartões e crédito para lojistas.
No entanto, em relatório recente, o Itaú BBA fez uma comparação direta entre o MELI e o Nubank (ROXO34) e concluiu, quando o assunto é rentabilidade em serviços bancários, o roxinho ainda é a grande referência.
Segundo o relatório, o Nubank apresenta NIMALs (margens líquidas ajustadas de ativos) consistentemente acima da média, tornando-se um benchmark para as operações de cartões do MELI no Brasil.
Na prática, acompanhar essa trajetória pode render boas 'dicas' para a execução do Mercado Livre, que busca expandir sua presença no setor financeiro sem perder eficiência.
Enquanto o Nubank mostra margens robustas com sua base de cartões, o MELI ainda enfrenta os custos de escala e investimentos pesados para crescer.
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Em termos de concessão de crédito, os números mostram a diferença de ritmo entre as companhias. No segundo trimestre de 2025, o Mercado Livre expandiu sua carteira de cartões no Brasil em US$ 400 milhões (R$ 2,4 bilhões).
O Nubank, por outro lado, adicionou US$ 1 bilhão (R$ 5,6 bilhões) no mesmo período.
No acumulado de 12 meses, porém, o MELI não fica atrás. O crescimento de US$ 1,8 bilhão (R$ 9,8 bilhões) em sua carteira de cartões figura entre os maiores da indústria, reforçando o apetite agressivo da plataforma para disputar mercado.
Nos empréstimos para lojistas, o Mercado Livre já aparece como líder de referência, com margens de 38%, bem acima dos 23% do Nubank.
Essa vantagem mostra que, embora precise melhorar rentabilidade em cartões, o MELI já encontrou um nicho de destaque no financiamento ao varejo digital.
Apesar do potencial, o Itaú BBA chama atenção para fatores que devem pressionar os resultados do Mercado Livre no curto prazo.
O pacote de investimentos em logística — incluindo redução do valor mínimo para frete grátis, tarifas menores de entrega e aumento da capacidade de armazenagem — tende a pesar nas margens, antes de trazer ganhos de escala mais consistentes.
Na Argentina, base histórica da companhia, o cenário também é desafiador. Juros elevados e a desaceleração do crédito ao consumo limitam a expansão, mesmo com a postura cautelosa da empresa em evitar picos de inadimplência como os observados em bancos locais.
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O Nubank, por sua vez, mantém ritmo acelerado no mercado brasileiro. Apenas no segundo trimestre, foi responsável por 34% do crescimento da indústria de cartões, reforçando sua posição como maior impulsionador do segmento.
Com resultados mais previsíveis no curto prazo e maior visibilidade de rentabilidade, o Itaú destaca que o Nubank é a escolha preferida para o 3T25, à frente do MELI.
De acordo com o Itaú BBA, tanto o Mercado Livre quanto o Nubank são “vencedores estruturais”, com grande potencial de ganho de participação de mercado no longo prazo.
Contudo, para os próximos trimestres, o relatório é claro: o Nubank oferece melhor combinação de visibilidade, lucratividade e menor pressão nos números.
📈 Já o Mercado Livre continua sendo uma aposta interessante de longo prazo, mas os custos de crescimento e as incertezas macroeconômicas tornam seu desempenho mais volátil no curto prazo.
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