Nubank por pizza: Warren Buffet reduz participação no banco brasileiro; entenda

Companhia continuou vendendo mais que comprando ações no 3T24

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Publicado em 15/11/2024 às 12:31h - Atualizado 3 minutos atrás Publicado em 15/11/2024 às 12:31h Atualizado 3 minutos atrás por Wesley Santana
Nubank é o maior banco digital do país (Imagem: Shutterstock)

A Berkshire Hathaway, empresa de Warren Buffet, está reduzindo sua participação no maior banco digital do país, o Nubank (ROXO34). No último relatório divulgado pela companhia, ficou registrado a venda de mais de 20,7 milhões de papeis -equivalente a 19,3%-, sobrando 86,4 milhões de ações ordinárias Classe A.

🍕 A informação chega em um momento em que as ações do banco brasileiro sofrem pressões, depois da divulgação do balanço do terceiro trimestre. Nos Estados Unidos, os papeis recuam 3,5% no pregão desta sexta-feira (15), em US$ 14,60.

Por outro lado, no mesmo período, a Berkshire elevou sua participação na Domino’s Pizza, de acordo com um documento enviado à SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos). No terceiro trimestre, foram compradas 1,3 milhão de ações, totalizando US$ 550 milhões em aquisição.

Segundo informações da imprensa norte-americana, a aquisição dos novos papeis pode estar ligada a Ted Weschler ou Todd Combs, que são dois dos gestores responsáveis pelo portfólio da empresa trilionária. Isso porque são eles que fazem aquisições nestes volumes, considerados menores em relação a outras participações da Hathaway.

Chama a atenção que a companhia manteve sua posição de venda durante o terceiro trimestre. Foram mais de US$ 1,5 bilhão em vendas, sendo que as compras somaram mais de US$ 36 bilhões, ainda de acordo com o relatório divulgado pela companhia.

📈 Leia mais: Nubank (ROXO34) lucra US$ 553 milhões no 3T24, acima do esperado

Corte de recomendação

Nesta semana, o Itaú BBA retirou sua recomendação de compra para os papeis do Nubank e reduziu seu preço-alvo para as ações. Antes fixado em US$ 17, agora o banco prevê um teto de US$ 15 para os papeis, que representa uma alta de apenas 4% em relação ao patamar atual.

“A desaceleração na receita atual de cartões e empréstimos pessoais está ocorrendo mais rapidamente do que outros poderiam ganhar tração. Embora acreditemos que a Nu tenha potencial para aumentar a participação de mercado nos segmentos de classe média alta, empréstimos consignados e em outros países, uma desaceleração no Brasil não pode ser ignorada”, escreveram os analistas.