🚨 Depois de alcançar o
recorde de US$ 4.378 por onça, o ouro iniciou uma fase de realização de lucros em outubro de 2025. O movimento abriu espaço para que o
Bitcoin (BTC) ganhasse força como nova reserva de valor, com analistas projetando que
a criptomoeda pode alcançar até US$ 200 mil no curto a médio prazo.
A correção no preço do ouro e o fluxo crescente de capital para ETFs de Bitcoin reforçam a tese de que o mercado está migrando para ativos digitais diante de um cenário de juros elevados, incertezas macroeconômicas e busca por retorno.
Realização no ouro após máxima histórica
Nos últimos anos, o ouro havia se fortalecido como proteção contra inflação, injeções de liquidez e incerteza política. A trajetória de alta foi especialmente intensa entre 2022 e 2025, quando bancos centrais ampliaram suas compras para mais de 1.000 toneladas anuais.
Migração para o “ouro digital” e boom nos ETFs
Com o início da correção do ouro, investidores voltaram os olhos para o Bitcoin. O conceito de “ouro digital” voltou a ganhar força, especialmente entre uma geração mais jovem, mais aberta à descentralização e ativos digitais.
A entrada líquida em ETFs de Bitcoin nos Estados Unidos bateu recorde no início de outubro, com US$ 3,55 bilhões em apenas uma semana, liderados pelo iShares Bitcoin Trust, da BlackRock. No mesmo período, ETFs de ouro registraram saídas de US$ 2,8 bilhões, sinalizando um fluxo direto de capital entre os dois mercados.
O caminho até os US$ 200 mil
Segundo a XP Investimentos, o halving ocorrido em abril de 2024, que reduziu a recompensa por bloco minerado, já começa a se refletir na oferta limitada de Bitcoin. A queda dos saldos nas exchanges para o menor nível em seis anos (2,83 milhões de BTC) também reduz a pressão de venda.
O endividamento global, que atingiu US$ 338 trilhões no primeiro semestre de 2025, representa 235% do PIB mundial e aumenta o apelo de ativos fora do sistema tradicional, como o BTC.
“Acreditamos que a marca de US$ 200 mil representa um ponto psicológico importante. Caso o fluxo institucional se mantenha, esse nível é alcançável em um horizonte de 6 a 12 meses”, avalia um relatório da Bernstein.
Obstáculos para o rali
Apesar do otimismo, especialistas alertam para riscos no caminho:
- Volatilidade: o Bitcoin continua sujeito a oscilações abruptas, especialmente em momentos de realização por grandes investidores.
- Regulação: a falta de clareza regulatória em grandes mercados pode limitar o apetite institucional.
- Retorno do ouro: embora pressionado, o ouro ainda possui base sólida como ativo de proteção.
- Concorrência: ações, títulos tokenizados e até moedas digitais de bancos centrais podem competir pela atenção dos investidores.
Um novo ciclo geracional
A preferência por ativos digitais reflete uma mudança geracional. Investidores mais jovens demonstram preferência por ativos programáveis, enquanto gerações mais antigas ainda apostam na estabilidade do ouro físico.
📈 Para especialistas, ouro e Bitcoin devem coexistir em estratégias de alocação, cada um oferecendo características distintas de proteção e crescimento.