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Um dos principais bancos digitais do país, o Inter já escolheu seu próximo destino internacional: Argentina. A empresa fechou uma parceria com o grupo local Bind para oferecer seus serviços financeiros no mercado sul-americano que tem um potencial gigantesco.
🌎 O acordo prevê que o Bind ofereça a estrutura financeira para o Inter, no modelo de Banking as a Service. Desta forma, a companhia brasileira não tem necessidade de pedir licença bancária para operar no país vizinho.
“A Argentina será o terceiro país do nosso mapa, além dos Estados Unidos e do Brasil. Existem vários motivos. O primeiro, porque é um país vizinho e o mais próximo do Brasil. Há muitas pessoas no corredor, seja para comércio ou turismo. Dependendo se o dólar é barato ou caro, as pessoas vão para um lado ou para o outro, mas o movimento está sempre lá”, comentou João Vitor Menin, CEO global do Inter, em entrevista ao La Nacion.
A ideia do banco é, neste primeiro momento, oferecer a conta global de investimento e expandir a operação nos próximos trimestres. Em futuro, todos os produtos disponíveis para brasileiros estarão também na palma das mãos dos argentinos, conforme adiantou o executivo.
🗣️ “A Argentina será o projeto-piloto para o nosso modelo de plug and play do Inter”, comentou Menin ao Neofeed. “É um mercado grande, com quase 45 milhões de pessoas, a expectativa é que seja um negócio muito relevante para a nossa global account”, complementa.
Entrar no mercado argentino é um desafio para muitas companhias, especialmente para os bancos. Por lá, há uma profusão de instituições financeiras, todas tentando oferecer um serviço que chame a atenção da população que passa por fortes problemas econômicos já há alguns anos.
Um dos bancos brasileiros que já teve operações na Argentina foi o Itaú, que vendeu sua carteira para o local Macro em 2023. Desde então, bancos tupiniquins não cravavam mais sua bandeira entre os hermanos.
No caso do Inter, a empresa quer aproveitar o costume de enviar dinheiro ao exterior como forma de pavimentar o crescimento na Argentina. Além disso, tem um foco especial na população que recebe recursos de fora, caso dos profissionais de tecnologia que recebem em dólar.
”Já amassamos muito barro nos Estados Unidos, agora é plugar a operação”, comentou Vitor. “O Inter construiu uma fundação sólida para que os seus clientes brasileiros pudessem ter uma conta global”, finalizou.
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