Natura &Co (NTCO3) vai encerrar programa de ADRs
Com isso, a companhia deixará de ter papeis em negociação na Bolsa de Nova York.
📈 No segundo trimestre deste ano, a Natura (NTCO3) reportou um prejuízo líquido de R$ 858 milhões, com piora na comparação anual. Além disso, sua subsidiária, a Avon Products entrou com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos.
Esses dois cenários formaram a tempestade perfeita para que as ações da companhia despencassem no pregão desta terça-feira (13). Segundo dados da bolsa de valores, os papeis da empresa de cosméticos caíram 10% durante o dia, registrando uma cotação abaixo de R$15.
Com isso, a empresa perdeu toda a valorização que alcançou nos últimos três anos e voltou ao mesmo patamar de 2019, quando a cotação era de apenas R$ 14. Em junho de 2021, a empresa alcançou a cotação recorde de R$ 60, de acordo com o histórico da B3.
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No entanto, parte dos bancos e corretoras de investimentos mantém recomendação de compra para Natura. A XP Investimentos manteve a postura focando em um preço-alvo de R$ 21, ou seja, um upside de quase 40% em relação aos números atuais.
Em relatório divulgado nesta terça, a corretora atualizou sua visão sobre o ativo e também sobre o pedido de RJ da subsidiária.
“Se esse pedido for aceito, haverá duas alternativas. A primeira é a Natura ficar com a Avon internacional. sem nenhum risco de litígio; ou outra empresa supera a Natura e fica com a Avon internacional, deixando a Natura apenas com a Natura da América Latina. Em termos de saídas de caixa, está limitado ao DIP de US$ 43 milhões, pois a oferta será feita usando os créditos da NTCO contra a API”, apontam os analistas.
Com isso, a companhia deixará de ter papeis em negociação na Bolsa de Nova York.
Ajuste se deve à variação do número de ações mantidas pela companhia em tesouraria.