Morgan Stanley rebaixa recomendação do Brasil e define preço-alvo para o Ibovespa

A decisão foi motivada por preocupações com a situação fiscal do país.

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Publicado em 21/11/2024 às 08:28h - Atualizado 1 dia atrás Publicado em 21/11/2024 às 08:28h Atualizado 1 dia atrás por Elanny Vlaxio
O banco projeta que o Ibovespa alcance 160 mil pontos até o fim de 2025 (Imagem: Shutterstock)

O Morgan Stanley reduziu sua recomendação para o Brasil, indicando que os investidores devem diminuir sua exposição ao mercado brasileiro. O banco prevê que o Ibovespa alcance 146 mil pontos até o final de 2025, representando um potencial de alta de 14%. Essa decisão foi motivada por preocupações com a situação fiscal do país. 

📊 O banco avaliou que a capacidade de o governo brasileiro convencer os mercados sobre a solidez de suas metas fiscais é fundamental para manter a confiança dos investidores, tanto no Brasil quanto no exterior, e atrair novos investimentos para o país. 

O Morgan Stanley prevê ainda que o governo brasileiro continuará enfrentando dificuldades para implementar as reformas fiscais necessárias, o que manterá as taxas de juros em níveis elevados. 

“O governo realiza alguns cortes de despesas próximos às expectativas do mercado (cerca de R$ 50 bilhões) – o crescimento econômico e dos lucros desacelerariam, mas evitariam uma recessão, e os fluxos líquidos de saída de capital doméstico permaneceriam nos níveis atuais”, acrescentou.

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📋 Em um cenário mais otimista, o banco projeta que o Ibovespa alcance 160 mil pontos até o fim de 2025, representando um potencial de valorização de 25%. 

Essa projeção se baseia em um cenário de mudança no modelo econômico brasileiro, com foco em exportações e investimentos, e medidas fiscais mais restritivas do que o esperado pelo mercado. Nesse contexto, a economia brasileira desaceleraria de forma controlada, atraindo mais investimentos para a bolsa.

Já em um cenário pessimista, o banco projeta uma queda de 18% no Ibovespa, atingindo 105 mil pontos até o final de 2025. Esse cenário se baseia em um aumento dos gastos públicos antes das eleições de 2026, o que levaria a uma forte reação negativa dos mercados e a um "pouso forçado" da economia. 

📃 A combinação de altas taxas de juros, desaceleração econômica e um cenário global menos favorável pressionaria os preços das commodities e afetaria a confiança dos investidores.