Moody's rebaixa rating da Azul (AZUL4), diante de maior risco de liquidez

Nota de crédito caiu para Caa2, com perspectiva negativa, em meio a negociações com arrendadores.

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Publicado em 21/09/2024 às 12:29h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 21/09/2024 às 12:29h Atualizado 1 mês atrás por Marina Barbosa
Azul negocia troca de dívida por participação societária (Imagem: Shutterstock)

Apesar do avanço das negociações com credores, a Azul (AZUL4) teve o seu rating rebaixado por mais uma agência de classificação de risco.

📉 A Moody's cortou na sexta-feira (20) a nota de crédito da Azul de Caa1 para Caa2. A perspectiva do rating também foi revisada, caindo de positiva para negativa.

A S&P Global Ratings já havia feito o mesmo no início de setembro, por causa dos "resultados mais fracos" e da "liquidez mais apertada" da companhia aérea.

Segundo a Moody's, "o rebaixamento dos ratings da Azul reflete os resultados mais fracos que a empresa registrou durante 2024 e a queima de caixa resultante, o que aumentou os riscos de liquidez".

💲 A agência de classificação de risco lembrou que a Azul gerou um Ebit de R$ 1,2 bilhão no primeiro semestre de 2024, mas também registrou uma queima de caixa de R$ 1,2 bilhão no período devido à "alta necessidade de capital de giro, endividamento e despesas de capital".

Com isso, a Azul ficou com uma posição de caixa de R$ 1,4 bilhão, R$ 500 milhões a menos do que o registrado no final de 2023. A empresa, no entanto, tem R$ 5,9 bilhões em obrigações financeiras e de arrendamento com vencimento no curto prazo, segundo a Moody's.

"O risco de liquidez da Azul aumentou e a empresa precisará buscar renegociações adicionais com arrendadores e financiamento adicional para suprir suas necessidades de liquidez", alertou a agência.

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Azul negocia com arrendadores 

A Azul reiterou nos últimos dias que "está em negociações com arrendadores de aeronaves para otimizar a estrutura de equity". Uma das saídas em análise é a substituição de dívida por participação societária na Azul.

De acordo com a Moody's, a capacidade da empresa de aumentar liquidez, refinanciar suas obrigações financeiras e controlar a queima de caixa será fundamental na avaliação futura dos seus ratings.

Afinal, a nota atual "reflete a exposição da Azul à volatilidade da indústria aérea e aos crescentes riscos macroeconômicos, combinados com suas métricas de crédito ainda fracas". 

Já a perspectiva negativa do rating é fruto do "perfil de liquidez apertado da Azul e a dependência da empresa em renegociações adicionais com locadores ou iniciativas de refinanciamento adicionais".