Moody's eleva rating da BRF (BRFS3), veja análise

A nota de crédito da companhia brasileira subiu para Ba2, com perspectiva estável.

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Publicado em 24/09/2024 às 19:28h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 24/09/2024 às 19:28h Atualizado 1 mês atrás por Marina Barbosa
BRF é dona de marcas como Sadia, Perdigão e Qualy (Shutterstock)

A Moody's elevou a nota de crédito da BRF (BRFS3) nesta terça-feira (24), de Ba3 para Ba2. Já a perspectiva para o rating mudou de positiva para estável.

📈 De acordo com a agência de classificação de risco, a mudança reflete uma "forte melhora nas métricas de crédito, apoiada por um sólido balanço patrimonial e desempenho operacional".

A Moody's observou que a BRF reduziu o endividamento, melhorou o desempenho operacional e ainda vem sendo favorecida por boas condições de mercado. Por isso, elevou a sua margem Ebitda para o melhor nível desde 2019.

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A agência ressaltou que "a recuperação no desempenho operacional é apoiada por uma combinação de fatores externos à empresa, como preços mais baixos de grãos e preços mais altos no Brasil e nos mercados de exportação, que ajudam a melhorar as margens".

Contudo, também considera que a gestão da BRF vem trabalhando para reduzir o risco de liquidez e aumentar a flexibilidade da empresa, de forma a continuar a focar em eficiências operacionais e a aproveitar o momento favorável do mercado mundial de proteínas.

💲 Além disso, a Moody's destacou a "forte posição de liquidez" da BRF, que tinha R$ 11,5 bilhões em caixa ao final de junho e linhas de crédito suficientes para amortizações de dívidas até 2030.

"As classificações da BRF continuam apoiadas por seu forte perfil de negócios e liderança em alimentos processados ​​no Brasil e exportações globais de aves. A boa liquidez da empresa e o cronograma confortável de amortização de dívidas também apoiam as classificações Ba2", avaliou.

Moody's mira dividendos

A Moody's disse ainda que atribuiu uma perspectiva estável ao novo rating da BRF por acreditar que a companhia "será capaz de continuar a alavancar suas operações e se beneficiar de sua forte posição em seus principais mercados, como Brasil e Halal, nos próximos 12 a 18 meses, apoiada por menor alavancagem financeira e forte liquidez, mantendo geração de caixa livre positiva".

Diante dessa perspectiva, a agência ainda acredita que a BRF "manterá disciplina financeira em termos de alocação de capital relacionada à sua estratégia de crescimento e pagamentos de dividendos".