Minha Casa Minha Vida ‘vira’ FII que mira até R$ 312 mi na 1ª emissão de cotas

O fundo visa aproveitar a resiliência e previsibilidade do MCMV, um dos setores mais estáveis do mercado imobiliário brasileiro.

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Publicado em 20/10/2025 às 18:25h - Atualizado 9 horas atrás Publicado em 20/10/2025 às 18:25h Atualizado 9 horas atrás por Matheus Silva
Cada cota foi precificada em R$ 100, já considerando R$ 3,28 de taxa de distribuição (Imagem: Shutterstock)
Cada cota foi precificada em R$ 100, já considerando R$ 3,28 de taxa de distribuição (Imagem: Shutterstock)
🚨 A BRM Asset anunciou o início da 1ª emissão de cotas do fundo imobiliário BRM Minha Casa Minha Vida FII III (MCMV11 e MCMV15), com captação inicial de R$ 250 milhões, podendo chegar a R$ 312,5 milhões com o lote adicional.
Focado em empreendimentos dentro do programa habitacional federal, o fundo visa aproveitar a resiliência e previsibilidade do MCMV, um dos setores mais estáveis do mercado imobiliário brasileiro.
Cada cota foi precificada em R$ 100, já considerando R$ 3,28 de taxa de distribuição, e a oferta é voltada exclusivamente para investidores qualificados, com aplicação mínima de R$ 50 mil.
A emissão segue o regime de melhores esforços, com Itaú BBA, BTG Pactual e Oriz como coordenadores.

Acesso restrito nos primeiros 36 meses

O fundo será listado na B3 (B3SA3), mas não terá negociação durante os primeiros 36 meses. Esse período coincide com as chamadas de capital do veículo e visa reduzir a volatilidade das cotas em mercado.
Com prazo de duração de cinco anos, prorrogável por mais dois, o MCMV FII III será estruturado como condomínio fechado.

Estabilidade e demanda alta

O Minha Casa Minha Vida é apontado como o segmento mais resiliente da construção civil brasileira, graças aos subsídios governamentais e à estrutura de financiamento protegida contra choques macroeconômicos.
Mesmo em ambientes de juros elevados, o setor segue atrativo para investidores. Além disso, o déficit habitacional de cerca de 6 milhões de famílias sustenta uma demanda crescente.
Nos últimos cinco anos, as três construtoras de capital aberto com maior crescimento de lucro atuam fortemente nesse segmento, o que reforça a tese de retorno consistente.

Estratégia do fundo e rentabilidade esperada

O fundo pretende investir em projetos no Distrito Federal, Goiás e Santa Catarina, usando diferentes estruturas — como permuta financeira, equity preferencial e equity puro, com mecanismos de proteção de capital.
A taxa interna de retorno (TIR) estimada é de 20,5% para cotistas da subclasse A (com integralização à vista) e 22% para a subclasse B (integralização via chamadas de capital). Os valores são líquidos para o investidor.
📊 A gestão do fundo é da BRM Asset, com o BTG Pactual como administrador. Os aportes serão realizados via sociedades com cerca de 10 incorporadoras parceiras, sendo que quatro delas já assinaram contrato com o fundo.