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🚨 O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), voltado à habitação popular, pode estar prestes a passar por uma nova fase de transformações — e isso pode trazer impacto direto para algumas das principais construtoras listadas na B3 (B3SA3).
A avaliação é da XP, que vê no horizonte oportunidades tanto para o setor imobiliário quanto para famílias que sonham com a casa própria.
Mesmo vivendo um dos momentos mais fortes desde sua criação, o programa habitacional pode ser ajustado nos próximos meses para ampliar seu alcance e reforçar sua eficiência.
Segundo análise recente da XP Investimentos, a principal mudança pode vir das metas do governo federal, que subiram de 2 milhões para 2,5 milhões de contratações até o fim de 2026. Essa expansão nas metas pode aquecer significativamente o setor nos próximos dois anos.
Para se ter uma ideia, até o fim de 2024 espera-se que apenas metade desse novo objetivo seja atingida. Isso abre espaço para uma aceleração no ritmo de contratações em 2025 e 2026, especialmente se as condições econômicas permitirem.
Um dos pontos que mais chamam atenção é a defasagem nas faixas de renda que definem os grupos do programa.
O analista do setor imobiliário da XP, Ruan Argenton, participou do programa Morning Call da casa e comentou sobre os impactos da desaceleração econômica no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).
Segundo ele, “os grupos 1 e 2 do MCMV, que concentram as faixas de renda mais baixas do programa, tendem a ser os mais impactados em um cenário de desaceleração econômica”, afirmou.
Desde 2023, os limites de renda mensal das famílias não foram atualizados, mesmo com o salário-mínimo tendo passado por dois reajustes no mesmo período.
Essa estagnação pode estar afetando negativamente o número de famílias aptas a participar do programa com acesso às melhores taxas de juros.
A XP aponta que uma correção de cerca de 7,5% nesses limites já permitiria incluir um número relevante de novas famílias nas faixas 1 e 2, que são as mais sensíveis ao custo do financiamento e que têm acesso a subsídios e juros menores.
Com isso, a demanda reprimida por imóveis populares pode ganhar novo fôlego.
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Outra possível novidade é a criação de uma quarta faixa de renda no Minha Casa, Minha Vida, voltada para famílias com rendimentos entre R$ 8 mil e R$ 12 mil por mês.
A proposta ganhou força após a realocação de R$ 15 bilhões de um fundo ligado ao pré-sal para o orçamento do programa habitacional.
Na prática, a faixa 4 permitiria o financiamento de imóveis com valores entre R$ 400 mil e R$ 500 mil — um patamar acima do tradicional MCMV, mas ainda com condições atrativas de crédito.
Embora essa medida tenha origem em recursos pontuais, ela pode representar um alívio importante para famílias da chamada classe média emergente, que muitas vezes ficam fora das faixas anteriores e não conseguem crédito em condições acessíveis no mercado tradicional.
📈 O mercado de ações está de olho nessas mudanças. Segundo relatório da XP, empresas como Tenda (TEND3), MRV (MRVE3) e Plano&Plano (PLPL3) tendem a se beneficiar caso haja revisão dos critérios de renda para os grupos 1 e 2, devido à forte exposição dessas companhias ao público de baixa renda.
Com mais famílias habilitadas a financiar imóveis, é possível que essas construtoras registrem alta no volume de vendas e maior seletividade na concessão de crédito, o que pode se traduzir em melhores margens e performance operacional.
Já empresas como Cury (CURY3) e Direcional (DIRR3) aparecem como potenciais ganhadoras em um eventual avanço da faixa 4. Segundo a corretora, os portfólios estão bem posicionados para atender essa nova demanda, o que pode impulsionar os lançamentos e acelerar o crescimento de suas operações em um cenário de crédito mais acessível.
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