Lucro da Minerva (BEEF3) dispara 380% e atinge maior valor trimestral da história
O resultado superou com folga as projeções, que estimavam lucro de R$ 175 milhões, de acordo com dados da LSEG.
A XP Investimento tem uma nova preferida no setor de “Agronegócio, Alimentos e Bebidas”. A corretora de investimentos decidiu elevar a Minerva (BEEF3) ao status de top pick, recomendando a compra e colocando a ação como favorita no segmento.
🍖 A decisão, porém, reduziu o preço-alvo de R$ 8,40 para R$ 7,90. Mesmo assim, a XP continua vendo um potencial de valorização de até 66% para os papéis.
De acordo com os analistas, o cenário é bastante favorável para a companhia nos próximos trimestres, o que permite uma visão construtiva em relação ao ativo. Para eles, o valuation traz uma boa relação risco-retorno, considerando o histórico de lucros que a empresa apresenta.
“Esperamos que o momentum acelere nos próximos trimestres, impulsionado por: (i) a expansão das plantas recentemente adquiridas, tanto em volumes quanto em preços, onde adotamos premissas conservadoras; (ii) uma perspectiva favorável de oferta e demanda para preços globais de proteínas, sustentada por um déficit global de proteínas; e (iii) uma visão mais construtiva para exportações, com os preços de exportação ganhando força”, escreveram Leonardo Alencar, Pedro Fonseca e Samuel Isaak.
Apesar disso, eles destacam que a compra das ações não está isenta de risco, sobretudo por causa do nível de alavancagem da Minerva. Além disso, a alta taxa de juros, somado ao câmbio formam um cenário nublado para quem deseja entrar no ativo neste momento.
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“Mesmo em um cenário extremo, estimamos que a ação estaria negociando a 4,9x EV/EBITDA para 2025 e com um yield de FCF de 9,2% para 2026. Embora esse claramente não seja um cenário particularmente atrativo, reforça nossa visão de que a assimetria permanece positiva”, pontuaram.
Com a decisão da XP, os papéis do frigorífico dispararam no pregão da B3, com valorização superior a 1%. Por volta de 12h, o ticker operava em R$ 4,80.
Apesar do atual momento mais favorável, os investidores que entraram nesta estratégia no IPO da companhia, feito em 2007, acumulam um prejuízo importante. Desde então, a empresa teve momentos de altos e baixos, mas acumula um prejuízo de 74% em relação aos R$ 19 que foram precificados na operação.
O resultado superou com folga as projeções, que estimavam lucro de R$ 175 milhões, de acordo com dados da LSEG.
Mesmo entregando vendas robustas de carne bovina no 2T25, analistas não gostaram dos resultados.