O Mercado Livre (MELI34) perdeu cerca de US$ 17,4 bilhões em valor de mercado nesta quinta-feira (7), com o mercado reagindo mal aos resultados do terceiro trimestre.
📉 As ações do Mercado Livre despencaram 16,21% em Nova York. Com isso, a gigante do e-commerce terminou o pregão valendo US$ 89,9 bilhões. Isto é, 19% menos do que na véspera, quando fechou avaliada em US$ 107,3 bilhões.
É a primeira vez em quase três meses que a companhia argentina é avaliada por menos de US$ 100 bilhões.
📊 Segundo a Elos Ayta Consultoria, o Mercado Livre continua a ser a empresa mais valiosa da América Latina. No entanto, a distância para o segundo lugar, que é a Petrobras (PETR4), diminuiu.
A estatal brasileira vale R$ 489,1 bilhões atualmente, isto é, cerca de US$ 83,6 bilhões no câmbio atual. E tem chance de ampliar esse valor no próximo pregão, caso não decepcione o mercado ao apresentar os resultados e os dividendos do terceiro trimestre na noite desta quinta-feira (7).
💲 O Mercado Livre teve um lucro líquido de US$ 397 milhões no terceiro trimestre deste ano, 11% maior do que o do mesmo período de 2023. O resultado, no entanto, ficou abaixo do esperado pelo mercado. Além disso, o Ebit caiu 29%, para US$ 557 milhões.
Em carta aos acionistas, a companhia creditou o baque da margem aos investimentos realizados na área de cartão de crédito e em logística.
Na avaliação da Genial Investimento, são "dores do crescimento". A casa avalia que, "apesar da queda na margem, a empresa apresentou boas métricas operacionais" e reiterou a recomendação de compra para o papel.
O BTG Pactual também reforçou a recomendação de compra, aviando que "a maior parte da pressão de margem veio de investimentos estratégicos que a empresa fez para impulsionar seu ecossistema" e que a lucratividade do Mercado Livre ainda é "saudável".
Ainda assim, o papel sofreu na bolsa e fechou cotado a US$ 1.774, o menor valor desde o início de agosto.
No mês passado, o Mercado Livre anunciou sua intenção de investir R$ 23 bilhões no Brasil em 2024.
O valor será destinado à inauguração de novos centros de distribuição em Brasília, Pernambuco e Porto Alegre.
