📊 O Mercado Livre (MELI34) divulgou um crescimento de 11% no lucro líquido do terceiro trimestre de 2024, somando US$ 397 milhões, mas o resultado ficou aquém das expectativas do mercado, que aguardava um lucro próximo de US$ 542 milhões.
A discrepância entre os números projetados e os alcançados desencadeou uma queda de 9,2% no valor das ações da empresa no pós-mercado nos Estados Unidos, para US$ 1.922 por ação.
A receita líquida do Mercado Livre, no entanto, acompanhou as previsões do mercado, crescendo 35% em relação ao mesmo período do ano anterior e alcançando US$ 5,3 bilhões.
Esse aumento reflete um desempenho sólido em seus principais mercados, como o Brasil, onde o volume bruto de mercadorias (GMV) avançou 34%, e no México, com um crescimento de 27%.
Um ponto de pressão no trimestre veio do aumento nos custos de crédito e na logística, áreas em que o Mercado Livre intensificou investimentos.
Martin de los Santos, CFO da companhia, destacou que o principal impacto no lucro ocorreu por causa da expansão no portfólio de cartões de crédito e da ampliação da estrutura logística da empresa, que busca fortalecer sua competitividade no mercado.
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Outro dado relevante foi o declínio na margem operacional da empresa, com o Ebit (lucro antes de juros e impostos) atingindo 557 milhões de dólares, uma queda significativa em comparação com o mesmo período de 2023, quando o índice alcançava 18,2%.
A margem Ebit registrou 10,8%, em contraste com o cenário mais positivo do ano anterior.
O portfólio de crédito do Mercado Pago, braço financeiro da companhia, também apresentou um crescimento expressivo de 77%, chegando a 6 bilhões de dólares.
Esse desempenho mostra a aposta da empresa no setor financeiro, buscando diversificação de receita e fidelização dos clientes, mas trazendo custos que pressionaram o lucro.
Especialistas do setor consideram que o mercado subestimou o volume de investimento do Mercado Livre em novas áreas de negócio, como a expansão da linha de crédito.
📈 Apesar das incertezas, a empresa demonstra resiliência em um cenário competitivo, com sinais de longo prazo positivos.
A chegada da nova plataforma ao Brasil, prevista para abril, está levantando dúvidas sobre como isso pode impactar gigantes do setor.
Varejista ultrapassou 100 milhões de compradores únicos anuais em seu comércio eletrônico, enquanto Mercado Pago somou 61 milhões de usuários
