Méliuz (CASH3) salta 16% com aposta em Bitcoin e aumento de posição do BTG

A companhia informou que o BTG Pactual passou a deter 6,27% das ações ordinárias da companhia, equivalente a 5.467.614 papéis.

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Publicado em 22/04/2025 às 15:55h - Atualizado 8 minutos atrás Publicado em 22/04/2025 às 15:55h Atualizado 8 minutos atrás por Matheus Silva
O anúncio animou os investidores e deu novo impulso aos papéis da empresa (Imagem: Shutterstock)

🚨 As ações do Méliuz (CASH3) lideraram os ganhos da B3 (B3SA3) nesta terça-feira (22), com alta de 14,18%, negociadas a R$ 4,43, no maior patamar desde setembro do ano passado.

A valorização foi impulsionada por dois eventos recentes: o aumento da participação acionária do BTG Pactual (BPAC11) na companhia e os avanços da empresa na estratégia de alocação em Bitcoin (BTC).

O Méliuz comunicou ao mercado que o BTG Pactual passou a deter 6,27% das ações ordinárias da companhia, equivalente a 5.467.614 papéis.

A operação tem como finalidade a realização de hedge de derivativos contratados por clientes do banco, sem intenção de influenciar o controle ou a estrutura da empresa.

O anúncio animou os investidores e deu novo impulso aos papéis da empresa de cashback, que vinha enfrentando baixa liquidez e perda de valor desde seu IPO, realizado em 2020.

Estratégia com Bitcoin agita mercado

Outro catalisador da alta é a estratégia inédita do Méliuz de alocar parte do caixa em Bitcoin.

Em março, a empresa anunciou a compra de 45,72 BTCs, ao custo de US$ 4,1 milhões, como parte de uma nova política de tesouraria. O movimento gerou forte repercussão no mercado e reativou o interesse dos investidores pela ação.

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Segundo o presidente do conselho de administração do Méliuz, Israel Salmen, o investimento em criptoativos é uma forma de reposicionar a marca e abrir novas frentes de diálogo com o mercado.

“Estamos sempre buscando fatos novos, sejam eles operacionais ou financeiros, que possam gerar conversas com investidores”, afirmou Salmen.

Bitcoin poderá se tornar ativo principal da tesouraria

A companhia também convocou uma assembleia geral extraordinária (AGE) para 6 de maio, que poderá aprovar a alteração do objeto social da empresa para permitir a adoção do Bitcoin como principal ativo estratégico da tesouraria.

“O objetivo será manter Bitcoin em caixa como forma de geração de valor para os acionistas, seja por meio da operação ou de outras iniciativas estratégicas”, diz o comunicado ao mercado.

Caso aprovada, a nova diretriz permitirá que a criptomoeda passe a fazer parte da estrutura de geração de caixa e tesouraria da empresa, consolidando o papel do BTC na gestão financeira da companhia.

Desde o anúncio da compra de Bitcoin, as ações da CASH3 acumulam forte valorização, após uma queda de mais de 95% desde o IPO, que chegou a avaliar a empresa em R$ 9 bilhões. Hoje, o valor de mercado está em torno de R$ 305 milhões.

📊 Com a entrada do BTG, a recuperação dos papéis pode ganhar fôlego adicional, especialmente se a AGE confirmar o novo posicionamento estratégico voltado à criptoeconomia.