Meliuz (CASH3) dobra aposta e compra mais R$ 157 milhões em Bitcoin (BTC)
Empresa ultrapassou o Mercado Livre e se tornou a maior da América Latina em acúmulo de criptomoedas
Depois de ver as ações de Meliuz (CASH3) subindo mais de 100%, o BTG Pactual decidiu voltar a cobrir a companhia. A corretora de investimentos retoma o ativo com recomendação de compra para os papéis.
🗣 Os analistas do BTG esperam uma alta de até 40% na atual cotação de Meliuz na bolsa de valores. Por isso, fixaram o preço-alvo em R$ 10, segundo relatório divulgado na manhã desta quarta-feira (25).
Os papéis de Meliuz vinham amargando quedas sucessivas, que chegaram a registrar um prejuízo de 60% entre janeiro e dezembro de 2024. Tudo começou a mudar depois que a empresa passou a usar a estratégia de incluir o Bitcoin (BTC) como reserva de caixa, acompanhando gigantes como a Micro Strategy.
O BTG reconhece que esse modelo é novo para as empresas da bolsa de valores, mas entende que “essa é uma aposta que vale o risco”, conforme destacaram no relatório. Considerando o potencial de valorização que têm o Bitcoin, os analistas dizem que a empresa pode se beneficiar nos próximos trimestres.
“Nossa reação inicial ao anúncio [de acumulação de BTC] foi de surpresa e ceticismo. No entanto, com a valorização de 114% da ação desde que a estratégia foi revelada, ficou claro que estávamos perdendo algo”, escreveram Ricardo Buchpiguel, Eduardo Rosman e Thiago Paura.
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Os analistas entendem, porém, que uma eventual desvalorização da principal criptomoeda do mercado pode colocar tudo a perder. Neste caso, os investidores estariam expostos a dois tipos de ativos de uma única vez, por isso é importante avaliar o risco.
“Se o bitcoin tiver um desempenho ruim nos próximos anos, o investidor não apenas estaria exposto a um ativo em depreciação, mas a empresa também poderia não conseguir emitir novos instrumentos de dívida — o que significa que o investidor teria pago um prêmio de mNAV sem colher os benefícios do rendimento em BTC”, escrevem.
Nesta semana, a Meliuz se tornou a empresa da América Latina com o maior número de Bitcoins na carteira, superando o Mercado Livre. Agora, são quase 600 unidades do ativo que está cotado na faixa de R$ 600 mil.
Nesta quarta, os papéis da companhia operam com baixa na bolsa de valores, recuando mais de 1%. Cada ação é negociada perto de R$ 7, conforme dados da B3.
Empresa ultrapassou o Mercado Livre e se tornou a maior da América Latina em acúmulo de criptomoedas
Segundo dados da Elos Ayta Consultoria, small caps dominam a lista, com ganhos de até 197%.