Despedida na B3: Saiba qual é a próxima empresa que pode dar tchau à Bolsa
A empresa, que estreou na B3 em 2017 ainda sob o nome de Ômega Energia, se prepara para encerrar seu ciclo como companhia aberta.
A B3 (B3SA3) já perdeu 14 empresas neste ano, mas está prestes a se despedir de mais uma.
Isso porque a Serena Energia (SRNA3) ganhou um novo controlador, que vai fechar o seu capital.
A Ventos Alísios Participações Societárias adquiriu na terça-feira (4) cerca de 403,8 milhões de ações da Serena. Isto é, o equivalente a 64,8% da elétrica.
💲 As ações foram adquiridas em uma OPA (Oferta Pública de Ações) por R$ 12,63 cada, totalizando R$ 5,1 bilhões.
Com isso, a Ventos Alísios Participações Societárias elevou a sua participação na Serena Energia para 96,1% e poderá seguir com o plano de tirar a empresa da bolsa.
"A Companhia deixará de integrar o Novo Mercado da B3 e adotará as providências cabíveis para concluir a conversão de seu registro de companhia aberta da categoria 'A' para categoria 'B', nos termos da regulamentação aplicável", informou a elétrica.
📉 Com a OPA, menos de 5% das ações da Serena Energia seguem em circulação no mercado (3,9%, ou 24 milhões de papeis).
Por isso, a empresa propôs o resgate compulsório desses papeis. O assunto será debatido em uma assembleia de acionistas convocada para 4 de dezembro.
Segundo a Serena Energia, os acionistas que não participaram da OPA ainda podem vender os seus papeis para a Ventos Alísios Participações Societárias.
A companhia está disposta a pagar o preço da OPA, devidamente atualizado, pelas ações, até a data do eventual resgate.
Vale ressaltar que o preço da OPA (R$ 12,63) foi ligeiramente superior à atual cotação dos papeis: as ações da Serena Energia fecharam o pregão de terça-feira (4) cotadas a R$ 12,50. Nesta quarta (5), operam em alta, mas só chegaram até R$ 12,56.
💡 Antiga Omega Energia, a Serena despertou o interesse de fundos de investimentos no início deste ano, depois de uma queda acentuada no preço de suas ações.
A proposta para fechamento de capital foi confirmada em maio e ajudou a impulsionar os papeis nos últimos meses. Ainda assim, foi mantida pela Ventos Elísios Participações.
Ao propor a OPA, a Ventos Elísios Participações disse que buscava a "simplificação da estrutura corporativa e organizacional da companhia, conferindo assim maior flexibilidade na gestão financeira e operacional das suas operações".
A expectativa é de que a operação amplie a capacidade da Serena de fazer investimentos, incluindo projetos greenfield e brownfield no Brasil e nos Estados Unidos.
A sociedade ainda acredita que a oferta atende os interesses da companhia, tendo em vista os custos de manutenção da listagem na bolsa e a "inexistência de intenção de realização de captação de recursos por meio de subscrição pública de ações".
👋 A Serena Energia não é a única empresa que pode deixar a B3 nos próximos meses.
A Wilson Sons também foi alvo de uma OPA recentemente e a Tekno (TKNO3) está se preparando para lançar uma oferta desse tipo.
Já a Gol (GOLL54) está avançando com um plano de reestruturação societária que envolve o fechamento do seu capital. E o BTG Pactual (BPAC11) quer incorporar o Banco Pan (BPAN4), o que deve levar à saída do Pan da B3.
E vale lembrar que outras 14 empresas já deixaram a B3 em 2025. Entre elas, Santos Brasil, Eletromidia e Reag Capital.
A empresa, que estreou na B3 em 2017 ainda sob o nome de Ômega Energia, se prepara para encerrar seu ciclo como companhia aberta.
Acionistas da Serena Energia (SRNA3) aprovam dispensa à "pílula de veneno" no âmbito da OPA por fundos de investimento.