Luiz Barsi revela seus bancos preferidos além do Banco do Brasil (BBAS3)

Durante o AGF Day, em São Paulo, o investidor revelou que também possui participações em Banrisul, Santander e Bmg.

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Publicado em 21/09/2025 às 17:24h - Atualizado 9 horas atrás Publicado em 21/09/2025 às 17:24h Atualizado 9 horas atrás por Matheus Silva
Todas as ações do megainvestidor possuem o mesmo objetivo: dividendos (Imagem: Divulgação/AGF)
Todas as ações do megainvestidor possuem o mesmo objetivo: dividendos (Imagem: Divulgação/AGF)

💰 O nome de Luiz Barsi é praticamente sinônimo de dividendos na Bolsa brasileira. Conhecido como o “rei dos dividendos”, ele carrega há décadas uma posição relevante no Banco do Brasil (BBAS3), ação que atravessou diferentes crises e se consolidou como uma das preferidas do investidor pessoa física mais famoso da B3 (B3SA3).

Mas o BB não é o único banco que aparece no portfólio de Barsi. Durante o AGF Day, em São Paulo, o investidor revelou que também possui participações em Banrisul (BRSR6), Santander (SANB11) e Bmg (BMGB4) – todas com foco no mesmo objetivo: renda recorrente por meio do pagamento de dividendos.

Banrisul

Segundo Barsi, o Banrisul representa cerca de 2% da sua carteira. O banco, estatal do Rio Grande do Sul, enfrenta desafios constantes, seja por estiagens ou por excesso de chuvas na região.

Ainda assim, continua entregando resultados e mantendo o compromisso de remunerar seus acionistas.

“Não é maior nem melhor que o Banco do Brasil, mas ele me paga dividendos trimestrais, coisa que o Banco do Brasil não paga”, afirmou.

Hoje, o Banrisul é um dos poucos bancos estatais ainda em operação no Brasil – apenas cinco permanecem nesse formato. Para Barsi, essa característica, aliada à constância no pagamento de proventos, garante relevância na sua estratégia de longo prazo.

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Santander

Outro banco que aparece na carteira do investidor é o Santander. Barsi destacou que, mesmo não tendo a mesma robustez do Banco do Brasil, o Santander mantém uma prática regular de distribuir dividendos trimestrais.

“O Santander tem o compromisso de mandar dinheiro para a Espanha. Já o Banrisul tem o compromisso de suprir os seus acionistas”, explicou.

Esse fluxo constante de distribuição ajuda a compor a renda recorrente que é pilar da estratégia de Luiz Barsi.

Bmg

Além de BBAS3, Banrisul e Santander, Barsi também detém uma participação de cerca de 2% no Bmg. 

O banco mineiro, tradicional no crédito consignado e que tem buscado ampliar sua atuação no digital, reforça a lógica de diversificação em negócios financeiros com foco em dividendos.

Para o investidor, não se trata de escolher apenas grandes nomes, mas de montar um portfólio que entregue renda de forma consistente.

“O ideal, como eu sempre digo, é ser pequeno dono de um grande negócio”, resumiu.

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O segredo por trás da carteira

Mais do que escolher ações, Barsi reforça que a construção de posições sólidas vem do reinvestimento dos dividendos recebidos. Ao longo do tempo, ele utilizou os proventos pagos por empresas para adquirir novas ações, ampliando a sua participação sem necessidade de grandes aportes adicionais.

“Foram fruto do reinvestimento de todos os dividendos recebidos ao longo do tempo. Grande parte dessas participações me foi proporcionada pelas próprias empresas, porque elas pagaram dividendos e, com esse dinheiro, eu comprei mais ações”, afirmou.

Essa estratégia é um dos pilares do efeito “bola de neve”, em que os dividendos aumentam progressivamente ao longo dos anos, potencializando o patrimônio.

Banco do Brasil: ainda vale a pena?

Apesar da queda de lucros recentes e da suspensão de dividendos no último trimestre, Barsi segue confiante no Banco do Brasil (BBAS3). Ele lembra que a instituição já enfrentou crises severas no passado, inclusive em 1994, quando precisou de apoio governamental para não quebrar.

“Hoje, a estrutura funcional do banco é diferente. Existem mecanismos que impedem a repetição daqueles erros. Por isso, considero que o Banco do Brasil é um papel que pode ser comprado”, afirmou.

O investidor também destacou que o valor patrimonial por ação do banco é superior a R$ 30, enquanto o papel é negociado em torno de R$ 21 a R$ 22. Para ele, esse deságio mostra que o mercado precifica um pessimismo exagerado.

“Acredito que seja apenas uma fase. Em dois trimestres, provavelmente, o banco volte a entregar os mesmos resultados”, disse.

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Lições de Barsi para o investidor pessoa física

O portfólio de Luiz Barsi mostra que o foco no pagamento recorrente de dividendos é mais importante do que eventuais oscilações de preço.

Seja em um banco estatal como o Banrisul, em uma multinacional como o Santander ou em instituições menores como o Bmg, o que realmente importa é a consistência na geração de renda ao acionista.

💲 A lição central é clara: reinvestir dividendos e pensar no longo prazo continua sendo o caminho seguido por aquele que transformou proventos em fortuna e se tornou referência para milhões de investidores brasileiros.